Cap. 3 - Festa- Parte III

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Nos separamos e saímos da piscina, coloquei novamente meus saltos e a bolsa. Eu estava encharcada.

-Quer ir pegar uma toalha e alguma roupa seca? -Aaron perguntou sorrindo.

-Não, obrigada. Estou indo embora. -Falei rapidamente.

-Beijo de despedida? -Ele perguntou se aproximando.

Não respondi, apenas passei as mãos por seus ombros e fui de encontro aos seus lábios ele apetou minha cintura com força e me puxou mais para ele me levantando tão facilmente que parecia que não pesava nada, interlacei minhas pernas em sua cintura e ele caminhou, até próximo a parede da cozinha, me prendendo entre ele a mesma. Minhas costas reclamaram um pouco do impacto e da frieza da parede, mas ignorei.

Ele invadia minha boca de uma maneira tão deliciosa que eu me deixei levar naquele beijo, ele passou uma de suas mãos por baixo do Cropped me fazendo arfar, gemi baixo assim que seus lábios passaram pelo meu pescoço deixando pequenas mordidas. Ele levantou a minha saia brincando um pouco com a barra da minha calcinha, parecia que íamos transar ali mesmo, encostados naquela parede fria.

-Sófia? -Ouvi alguém me chamar. Ele rapidamente me desceu me ajudando a me estabilizar no chão olhei em direção a porta, era Bia, só que não acompanhava mais Brad, e sim um outro Deus grego.

-Sim? -Disse com a respiração falhada.

-Achei que você tinha ido embora. -Ela falou escondendo um sorriso malicioso que se formava em seus lábios. -Não disse que não estava querendo ficar na festa?

-Hum, não estou. Já estava indo embora. -Falei sorrindo para Aaron. -Quer ir também, Bia? Ou planeja ficar mais um pouco?

-Estou bem, pego um taxi depois. -Ela falou rindo da minha situação, eu ri também.

-Te acompanho até a saída. -Aaron falou e eu concordei rapidamente com a cabeça. -Tchau Bia. -Falei me retirando com um tchauzinho para o acompanhante dela que ao menos quis conhecer.

Andamos esbarrando por todos os adolescentes amontoados naquela sala, ou melhor, pista de dança, até finalmente chegarmos no estacionamento.

-Se você disser que dorme comigo, expulso todo mundo da festa agora. -Aaron falou quando nos afastamos um pouco da casa em direção ao meu velho Ford, sorri anasalado.

-Vai curte a festa, mané. Só está começando. -Falei sorrindo. -Divirta-se.

-Nos veremos de novo? Eu nem sei seu nome ainda! -Ele falou balançando a cabeça negativamente e olhando para baixo. -Você devia ficar mais um pouco.

-Até mais, Aaron. -Falei destravando o carro e entrando.

-Até. -Ele disse e me deu um selinho pela janela do motorista, depois foi embora sem olhar para trás.

Ele com certeza vai transar com alguém ainda hoje. Ri com esse pensamento. Pelo menos ele me divertiu por essa noite.

Engatei a macha Ré, e saí dali cantando pneu. Eu sabia do fundo da minha alma que deveria ir para casa agora, mas eu preferi não seguir o que meu lado racional mandava.

Fui para uma rua mais deserta, próxima a uma floresta, eu sabia que por ali havia um lago em algum lugar. Eu estava eufórica e algo dentro de mim gritava para sair. Minha loba.

Eu ainda não havia falado com o Alfa da região e me transformar aqui era uma espécie de loucura. Tentei relaxar enquanto tirava os saltos desconfortáveis os jogando no banco de trás do Ford e entrando na floresta. Respirei fundo sentindo a brisa e todos os odores possíveis.

Eu tomei cuidado para não pisar em espinhos e me ferir de algum modo, mas era impossível e quando cheguei ao lago eu já estava ensanguentada, apesar dos arranhões superficiais já tivessem se curado. Olhei para os lados para me certificar que não havia ninguém, para então tirar a saia e o Cropped.

Eu não iria me transformar hoje, seria errado e eu poderia chamar atenção de algum lobo da região então apenas pulei na água sem me importar o que poderia ter por ali.

Minha visão noturna era ótima e a lua cheia ajudava, eu não estava com medo.

Nadei mais um pouco até ouvir um barulho distantes e um uivo. Bufei indignada. Saí da agua e vesti minha roupa esperando os cachorros se aproximarem. Sempre tem algo para atrapalhar.

Pensei em pegar um cigarro, mas claro eu estava sem isqueiros.

Quando os dois finalmente se aproximaram, já haviam se transformados novamente em humanos, e incrivelmente estavam vestidos.

-Boa noite. -O mais baixo deles falou.

-Pelo menos vocês tem modos. - Ri sarcástica me sentando no chão. -O que vocês querem?

-Nós que perguntamos, você está no nosso território. -O mais alto falou parecendo mais bravo que o menor, ri dele.

-Se algum de vocês for o Alfa, vou ter prazer em conversamos, se não forem, dêem o fora daqui, estou apenas curtindo o lago.

-Com quem você acha que está falando? -O alto esquentadinho pronunciou.

-Faz diferença? -Disse sorrindo e me levantando para ir embora. Mas eles me seguraram.

-Você vai conosco até o Alfa. -O mais alto falou e eu revirei os olhos.

-Malditos cachorros.

O caminho até aquiOnde histórias criam vida. Descubra agora