Cap. 1 - Festa - Parte I

16 2 0
                                    

Eu era uma tola, claro que Bia iria me provocar para me tirar da cama, e eu cedi, esse pode-se dizer foi meu primeiro erro, ou a melhor coisa que eu poderia ter feito. Eu sinceramente ainda não decidi.

De qualquer forma, lá estava eu dentro de um Ford cinza meio acabado, com uma saia preta que ai uns três dedos acima dos meus joelhos, um Cropped preto e um salto (Foto na multimídia). Ta eu não estava a garota mais gata da face da terra, porém eu nunca fora de qualquer maneira. Especialmente perto de Bia, que era incrivelmente bonita. Sempre foi.

E hoje com seu vestido branco, de ombros nus, estava deslumbrante.

-Bia. -Falei chamando a atenção dela, que me olhou rapidamente, me incentivando a falar. -Quando chegar lá, e você me largar sozinha para ir transar com o cara mais gato da festa, eu vou sair correndo, pegar o carro e deixar você lá. -Ela riu anasalado.

-Não te preocupa, Sófia! Se eu for, prometo que serei rápida.

Caímos na gargalhada, até que começamos a ouvir o som alto vindo de uma mansão, estacionei o carro assim que achei uma vaga, e movi o retrovisor para me olhar, minha maquiagem estava fraca, passei apenas o suficiente para não mostrar minhas olheiras evidentes e realçar meus finos lábios.

Em seguida, Bia virou o retrovisor para ela olhar-se, quando notou que estava bom, abriu a porta e saiu do carro.

-Que os jogos comecem! -Ela disse rindo.

-E que você morra primeiro!-Falei rindo e me encaminhando para dentro da casa sendo seguida por Bia.

A festa estava cheia, era incrível o número de adolescentes capazes de caber em um pequeno espaço como aquele. Não que a casa fosse pequena, longe disso. Ela era enorme, uma verdadeira mansão de Playboyzinho. O que era exorbitante, era a quantidade de adolescentes.

-Sófia? -Bia falou por cima do som. Me virei para olha-la. -Esse é Brad, um amigo. -Sorri simpática, gostaria de saber como em menos de minutos, Bia já tinha atraído atenção de um Deus grego como aquele. -Eu vou... Huum. Dar uma volta com ele. Essa festa é do Aaron, se te perguntarem você veio comigo e fica longe de qualquer pervertido! -Ri.

-Vai logo embora, Bia. Não sou nenhuma criança para você precisar se preocupar. -Falei em tom de zuação. -Não vou te esperar, se me der vontade vou embora.

-Que grande amiga você. -Ela disse rindo.

-Grande amiga, não motorista de bêbada. -Rimos e eu me afastei, eu queria tomar algo, uma bebida ou apenas um ar.

Eu esbarrei em umas 300 pessoas antes de finalmente ver uma porta, ela levava para cozinha da casa, onde havia bebidas de todos os tipos, e uma outra porta que, provavelmente, dava para fora da mansão. Adivinha o que parecia mais tentador? Ri. Óbvio que eu sairia dali.

Caminhei apressadamente para fora da cozinha onde achei uma piscina, alguns casais, e algumas cadeiras. Poucas pessoas. Paz.

Me escorei na parede e suspirei. Peguei minha pequena bolsa, que repousava sobre meus ombros, para acender um dos meus mais perigosos vícios. O cigarro.

Bati a carteira na minha mão e retirei um. Acendi com um isqueiro vermelho que tinha minhas iniciais e as de Robert gravadas. Droga!

Robert havia me dado aquilo. Depois de acender o cigarro, o joguei na piscina, atrai alguns olhares, mas não ligava. Puxei a doce fumaça para meus pulmões, aquilo me acalmava de uma forma que nada mais fazia.

Mas então, como sempre, apareceu alguém para acabar com minha paz.

-Olá gatinha, nunca te vi por aqui, quem é você? -Ele falou próximo demais. Eu sentia o cheiro do álcool, ele não estava sóbrio.

-Vim com a Beatriz. -Falei simplesmente dando de ombros, ele sorriu. Não é como se ele estivesse interessado na resposta dessa pergunta, olhei em volta e notei que a maioria das pessoas haviam ido embora. Ótimo. Revirei os olhos sem conseguir me conter.

-Está afim de se divertir? -Ele perguntou.

-Claro, só que não com você. -O olhei por breves segundos, e sobrei fumaça no seu rosto, ele riu e olhou para os lados procurando alguém que provavelmente não estava ali, já que agora estávamos sozinhos.

Joguei o cigarro no chão e o pisei com o salto, eu definitivamente deveria ter vindo com um tênis.

-Estou indo. -Falei me virando quando ele segurou meu pulso.

-Está cedo, a diversão ainda nem começou. -Ele falou sorrindo perversamente, provavelmente, com pensamentos imundos na cabeça. Ele era repugnante.

O caminho até aquiOnde histórias criam vida. Descubra agora