Cap. 8 - Adeus

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Não podia negar a raiva do universo por existe horas curtas e vidas tão longas. Diante da minha eminente troca de vida, eu já não sabia o que fazer, eu tinha três horas antes do sol se esconder no horizonte levando com ele toda uma vida que eu havia planejado.

-Se ele encostar em você, eu juro que te ajudo a quebrar ele, mesmo que isso nos mate e eu não queira morrer. - Bia falou me fazendo sorrir.

-Vai ficar tudo bem. -Falei sorrindo mais para mim que para ela. -Você lembra, Bi? Da nossa felicidade vindo para a nova alcateia e que eu tinha desistido da minha vingança e tudo mais? - Ela balançou a cabeça concordando. - Eu vou está no território do assassino dos meus país. Eu vou está podendo circular por lá e procurar pela alcateia. - Falei balançando a cabeça. - Se eu o achar, não vou me conter. 

-Você me prometeu não procurá-lo, mas se o encontrar te ajudo a cortar a garganta deles. - Ela suspirou. -Venha me visitar!

-Ok. Estou indo. -Falei suspirando e trocando mais um abraço. Eu estava deixando meu carrinho Ford cinza com Bianca, ela precisaria mais que eu, já que ela ainda iria para faculdade. Suspirei. Eu não sabia como seria minha vida dali em diante e faculdade parecia algo improvável. 

Me abaixei para fazer carinho no Destruidor vulgo meu cachorro. Ele também ficaria, eu não queria o submeter a minha vida instável e Beatriz jurou que cuidaria bem dele. Só espero que meu cachorro sobreviva mais de uma semana com essa doida.

-Cuidado com a Bia, ela morde. -Falei baixo, como se sussurrasse apenas para o Destruidor, acabando arrancando uma gargalhada dela. Meu táxi já estava lá em baixo. Abracei mais uma vez Bia.

-Você sabe que é como uma irmã para mim, eu te desejo o melhor seja uma boa luna e ponha um cérebro na cabeça de Josh. - Falei rindo enquanto minha amiga se derretia em lágrimas. -Te cuida. 

Esse era um adeus. Eu provavelmente demoraria a ver Beatriz novamente. Eu a conhecia desde os 2 anos. Nossos país eram melhores amigos. O pai dela era o beta do meu pai. Ela era uma das poucas pessoas para quem eu falaria "sentirei saudades" algum dia.

Eu me afastaria dela e a culpa era do supremo!

Ao entrar no carro, pedi para o táxi correr e ele o fez. Em duas horas chegaríamos ao destino. 

****

Paguei o motorista e entrei sem bater largando as pequenas quatro malas que eu trazia comigo no chão. 

-Estou aqui! - Falei revirando os olhos. 

-Finalmente. - O supremo falou. -Temos uma pequena vila nessa floresta onde moram a maioria dos lobos do meu território, estou adequando tudo para sua chegada, mandei lhe construírem uma casa mais ainda não está pronta, até lá você fica aqui mesmo. Me acompanhe. -Ele começou a subir os degraus da escada levando uma de minhas malas, que cavalheiro, só deixou três para mim. Sorri sarcástica, pegando minhas outras três malas do chão. 

Me surpreende com as cores do quarto, as paredes um branco parecido com a pelagem da minha loba e móveis que variavam entre preto e branco. O lugar era bonito e possuía uma varanda com vista para floresta, sorri involuntariamente.

-Acho que é isso, amanhã falamos sobre sua função na alcateia minha irmã quer dar uma festa para te apresentar para o bando e eu deixei, então é melhor se preparar. 

-Huum, e sua Luna? Posso conhecê-la? -Perguntei pensando na garota das fotos. 

-Eu ainda não a encontrei. - Ele falou com um rosto brincalhão. -Se eu a achar prometo lhe apresentar. -Concordei balançando levemente a cabeça e ele se retirou. 

Havia um banheiro, um guarda roupa espelhado, e outras séries de coisas, porém eu estava cansada, arrumei uma de minhas malas no guarda roupa já que não sabia quanto tempo passaria aqui e em seguida fui tomar banho.

****

Desci a procura de algo para comer, estava faminta e nem um pouco a afim de me arrumar para tal festa quando me surpreendi ao encontrar Eduard, Phil, o supremo e mais três pessoas por lá. Por que eu achei que não encontraria ninguém? Por que coloquei uma roupa tão curta?

-Então você é a famosa Sófia? -Uma loira que me lembrava muito Beatriz pulou em mim me abraçando, ela era a mulher das fotos. 

-Sou e você? Quem é? -Perguntei.

-Gabrielle, irmã do macho alfa aí. -Ela falou rindo. -Que nem se deu o trabalho de falar de mim. -Ela rosnou para ele que sorriu mostrando todos os seus prefeitos dentes brancos. 

-Não tivemos tempo, Gaby. Juro! -Ele levantou as mãos como em sinal de rendição. 

-Sei. -Ela disse. -Ele te avisou da festa hoje? Aqui é muito chato, nunca  ocorre nada por todos temerem o supremo e nunca atacarem. Bando de covardes. -Ela revirou os olhos.- Então temos que aproveitar sua chegada, já que é uma ótima desculpa.

-Ele comentou algo sobre. -Falei.

-Podemos nos arrumar juntas, vai ser divertido. -Ela falou juntando as mãos batendo palmas animadamente. 

-Ah claro, só vou pegar algo para comer e podemos ir para onde você quiser. -Falei tentando soar simpática e acabar a conversa. Eu queria realmente comer.

O caminho até aquiOnde histórias criam vida. Descubra agora