Bom dia, meninas! Hoje começa as postagens de Perfeita Ilusão. Então convide as amigas/os para lerem. Como dito, a postagem irá rolar de Segunda, Quarta e Sexta. A história será publicada na Amazon em Dezembro. Quero ver todas comentando, surtando e entrando de cabeça nessa história. Espero que Charlotte e Murphy ( casal vilãozão) entrem nos corações e mentes de vocês. Beijinhos <3.
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SEIS MESES ANTES...
— Fica comigo, Chay. Não vou deixar você morrer, está me ouvindo? Abra os olhos! Olhe para mim, meu amor.
Não conseguia concentrar-me na voz de Murphy. A dor era excruciante. Ele estava sobre mim, com as mãos fazendo pressão na ferida acima do meu peito. Um fio de sangue escorria por seu rosto. Seu olho esquerdo estava uma catástrofe. Olhei para o lado para ver se Peter se mexia, e mesmo com a visão embaçada, vi que seu corpo permanecia imóvel sobre a poça de sangue.
— Você o matou? — Minha voz saiu como um lamento. Lambi meus lábios e senti um gosto amargo.
— Eu já chamei a emergência e preciso que me escute, Chay. Você precisa dizer que aquele homem entrou aqui e tentou nos matar. Ele me atacou e quando eu tentei desarmá-lo, caiu, bateu com a cabeça no criado mudo e a arma disparou acertando você. Consegue entender?
Pisquei por vários segundos. A mão forte de Murphy acertou meu rosto duas vezes. Acho que estava tentando me manter consciente.
— Você o matou. Nós vamos para a cadeia — gemi de dor.
— Nós não vamos para a cadeia, Chay. Então é melhor prestar atenção no que precisa dizer.
— Eu não quero morrer — desesperei-me.
Murphy não parou de pressionar meu ferimento, se manteve ao meu lado até que ouvimos o som das sirenes.
— Prometa pra mim que nunca mais faremos isso, por favor — implorei. Meus olhos começaram a se fechar. Tudo ao redor girava como um carrossel.
— Não vamos pensar nisso, tudo bem? Você vai ficar bem, meu amor. Seja forte.
Respirei fundo e a dor se intensificou.
Vi o momento em que os paramédicos entraram no quarto e me entubaram.
— Mulher branca, loira, aproximadamente 1,70m. Ferimento a bala. A vítima ainda está consciente, mas perdeu muito sangue — Um policial falou em seu rádio. Murphy foi afastado pelos paramédicos enquanto me carregavam para dentro da ambulância. Não pude ver direito, mas percebi que haviam várias viaturas policiais cercando a casa. E, de longe, ele falava com um dos policias, totalmente alterado. O desespero tomou conta de mim e ficou difícil de respirar. Comecei a ficar agitada, pois queria Murphy ao meu lado, e assim que fecharam as portas da ambulância, entrei em pânico. Eu não podia perdê-lo. Eu não queria perdê-lo.
O que foi que nós fizemos?, pensei fechando os olhos, e então, a escuridão chegou de forma assustadora.
*
— Srta., Harris! Srta.Harris, está se sentindo bem?
Uma voz suave atingiu meus ouvidos. Desorientada, olhei as coisas ao meu redor. Uma mulher que me encarava de forma curiosa, vestia um jaleco branco com o nome Dra. Sara Smith, bordado no bolso com uma letra cursiva. Não demorou muito para que eu entendesse que estava num hospital e todo o episódio anterior viesse à tona em minha mente.
— Eu quero ver o Murphy. Ele está aí? Cadê o Murphy? — Tentei sentar-me, mas fui impedida pela médica.
— Srta, Harris. Se lembra do porquê está aqui?
— Eu posso falar com o Murphy? Por favor!
— Seu advogado está lá fora querendo vê-la.
— Advogado? — Não tenho advogado, pensei por um instante. Poderia ser o Murphy. — Tudo bem. Eu estou bem.
— Posso liberar a visita?
— Sim, obrigada — a médica me ofereceu um sorriso acolhedor e virou de costas.
— Doutora! — Ela me olhou intrigada. — Há quanto tempo estou aqui? — Eu me sentia confusa. O barulho ensurdecedor das sirenes ainda estava em minha mente.
— Não muito, srta. Harris. Hoje completou dois dias.
— Obrigada.
Fitei a médica desaparecer. O homem que entrou em seguida me deixou alarmada.
— Srta. Charlotte Harris?
— Sou eu — meus lábios estavam secos.
— Sou o advogado do Sr. Murphy. Ele pediu para que lhe entregasse esses papéis e essa chave.
— O-onde ele está? Eu quero vê-lo. Por que ele não está aqui?
— Ele está preso. Acusado de assassinato.
— O que? Eu preciso sair daqui e vê-lo imediatamente. Ele não teve nada a ver com a morte do Peter — digo desesperada tentando me levantar da maldita cama.
— Eu já estou cuidando de tudo, Srta. Harris. Infelizmente, haviam digitais de Murphy na arma que foi disparada contra a senhorita, e as lesões corporais na vítima, foram confirmadas. A polícia irá tomar seu depoimento em breve.
— Eu posso inocentá-lo. Eu estava lá.
— Sim. Seu depoimento será de suma importância, mas isso não desfaz o fato de que há uma vítima fatal.
— Quanto tempo? Quanto tempo ele precisará ficar lá?
— No que depender de mim, o mínimo possível. No envelope está uma pequena quantia em dinheiro que ele mantinha em segredo e a escritura da casa na Flórida em seu nome. Ele disse que você sabia do que se tratava.
— Obrigada. Ele está bem? Você o viu? — meu coração ficou apertado.
— Sim. Ele ficará bem. Bom, preciso ir. Murphy deixou instruções bem claras. Ele não quer que vá vê-lo e disse que assim que tudo se resolver, irá ao seu encontro.
— Está bem. Obrigada doutor... — fiquei sem saber como chama-lo.
— Henry.
Eu dou um sorriso e ele se vai.
Meu peito se comprimiu de uma tal maneira que ficou difícil de respirar. Preso? Droga! As lágrimas caíram sobre meu rosto e comecei a sentir dor em meu ferimento. Quando as coisas começaram a dar errado? O que tínhamos feito? Comecei a rezar em silêncio.
— Deus, se Murphy sair dessa eu prometo que jamais farei isso novamente. Apenas traga-o de volta para mim — disse de olhos fechados e chorei silenciosamente por muito tempo.
A porta do quarto se abriu novamente e um senhor negro, bonito e bem vestido, me encarou. Seus olhos pareciam duas jabuticabas.
— Charlotte Harris? — Sua voz era imponente como ele.
— Sim — limpei minhas lágrimas.
— Sou o detetive Joe Larson. Preciso fazer algumas perguntas sobre Murphy Davis e seu noivo Peter Walker.
— Ex-noivo. Eu e Peter acabamos nosso relacionamento há um mês.
O detetive não parou de me encarar de um jeito esquisito.
Todos os pelos do meu corpo ficam eriçados. Senti o medo exalando dos meus poros.
Eu não podia deixar que ele descobrisse a verdade, ou iríamos apodrecer na cadeia.
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Perfeita Ilusão - DEGUSTAÇÃO - ESTEVE COMPLETA ATÉ DIA 03/02/2019
RomanceA história completa se encontra na Amazon <3 Murphy Davis é um homem ganancioso. Ele se despede de sua antiga vida em Londres, e vai para Melbourne, na Flórida, encontrar-se com Charlotte Harris, sua parceira, após um golpe malsucedido. Os dois l...