Acordo com Murphy gritando:
— Chay! Não tem café nessa casa? — Ele sempre fica irritado sem sua cafeína matinal.
Eu pisco, ainda sonolenta. Ele está andando de um lado para outro em nosso quarto. Seu cabelo é uma bagunça e ele fica extremamente sexy roçando a barba.
— Eu não bebo café — balbucio.
— Mas eu sim! — Acende um cigarro.
Bufo.
— Você chegou ontem, Murphy. Como eu poderia imaginar?
Levanto-me da cama, nua. No cabide do closet, pego um vestido curto azul-marinho e abro a gaveta para procurar uma calcinha.
— O que vai fazer?
Olho para ele ajeitando as mechas de cabelo que caem sobre meu rosto.
— Comprar o café — Viro de costas para que ele suba o zíper do meu vestido.
— Vou com você.
— Espere apenas eu dar um jeito nisso aqui — gesticulo apontando para meu rosto. Odeio sair sem maquiagem.
Olho meu reflexo no espelho e sorrio. O velho Murphy está de volta. Já estava sentindo falta de seu mau humor pela manhã. Eu senti tanto a falta dele. Agora que está aqui, quero aproveitar cada segundo.
Assim que termino, o procuro pela casa e o encontro na sala, vasculhando as gavetas do aparador antigo perto da porta.
— Estou pronta.
— Cadê as chaves do carro? Só encontrei essa aqui — ele balança a chave extra da casa.
— Na minha bolsa.
— Eu dirijo — Ele faz questão de impor.
Saímos e como previsto, Murphy me encara.
— Mas que porra é essa? — Ele aponta para o carro. — Te dou uma grana alta e você compra essa merda de carro? — Conclui dando um tapa no capô.
— Eu gostei dele — dou de ombros. Sabia que ele implicaria.
— Isso é um lixo! Vamos comprar outro.
— É um carro, Murphy. Um Saturn modelo 2002. Veja, tem teto solar — Tento fazer graça, mas ele entra no carro, calado.
— Tem combustível pelo menos?
— Relaxa, Murphy. Eu estava aqui sozinha. Não queria chamar atenção. A casa não é tão boa para ostentar um carro luxuoso como o que tínhamos em Londres. Temos que ter cuidado.
Ele me olha feio, mas não diz nenhuma palavra a mais.
— E por falar em tomar cuidado, conseguiu se desfazer de todas as nossas coisas antes de vir?
— Não deixei nada para trás. Tudo o que tínhamos foi vendido e o dinheiro foi para aquela conta que abrimos.
No trajeto até o supermercado, conversamos sobre Londres e como foi a defesa no caso Peter.
— Eu não queria que ele morresse — desabafei.
— Nossa sorte é que aquele velho não tinha família, apenas um filho bastardo que mal te conhecia.
— Sim.
— Pegamos foi pouco daquele otário. Se eu soubesse que ele iria morrer daquele jeito, teria dito para você fazê-lo passar mais alguns bens para o seu nome.
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Perfeita Ilusão - DEGUSTAÇÃO - ESTEVE COMPLETA ATÉ DIA 03/02/2019
RomanceA história completa se encontra na Amazon <3 Murphy Davis é um homem ganancioso. Ele se despede de sua antiga vida em Londres, e vai para Melbourne, na Flórida, encontrar-se com Charlotte Harris, sua parceira, após um golpe malsucedido. Os dois l...