Bilionário - Romance Gay - 2018

Capítulo 4

Meu olhar se perdeu em lágrimas, meus olhos pareciam como uma cachoeira que não tinha um fim, mais piorou quando fui pra sala e vi umas fotos com a minha mãe.

O som que eu ouvia era apenas das minhas lágrimas, pode parecer um exagero chorar tanto mais, e pensar que eu ainda tinha que ir trabalhar, fui até perto da televisão e vi alguns porta retratos em cima da raque, eu os joguei de uma só vez no chão e eles se quebraram de uma forma que nem ao menos ouvi fazendo som, talvez eu estivesse muito abalado para ouvir, mais isso já não importava mesmo, eu notei que minha cortou levemente na palma deixando um pequeno corte que por sua vez começou a sangrar, eu decidi que já estava mais que na hora de eu ir tomar um banho ou algo assim, então fui em direção às escadas e subi lentamente os degraus, estava sentindo como se eu estivesse morto de alguma forma que eu não entendia, talvez eu estivesse mesmo morto mais isso não era o principal, as paredes pareciam que não tinha mais cor, meus olhos pareciam estar vendo em preto e branco.

Me lembrei que vi uma vez algumas garrafas de bebidas no quarto da minha mãe outro dia, fui até o seu quarto e lá estava oque ela me disse na mensagem, já não estava ligando para oque poderia acontecer comigo pelo menos agora, vi uma caixa preta ao lado esquerdo da sua cama e fui até a caixa com uma curiosidade mais já sabia oque era possívelmente bebidas alcoólicas...

Olhei por cima da caixa com mais atenção, e vi algumas garrafas de Vodka Smirnoff e alguns enérgicos, será que ela sabia que iria fazer isso ?

- Bingo..- Murmurei e surgiu um sorriso murcho em meus lábios.

Peguei a caixa com cuidado para não deixar nada cair, levantei e fui saindo do quarto que eu jurei que iria acabar esquecendo que tudo isso aconteceu, talvez fosse para o meu bem ou não, no momento isso pouco me importa, assim que cheguei no corredor perto do meu quarto decidi colocar a caixa perto do meu quarto e fui até o banheiro no final do corredor, meu ânimo estava péssimo para não dizer destruído mais mesmo assim tirei forças de não sei de onde para me mover quando tudo que eu sentia era um vazio enorme me consumindo aos poucos.

Abri a porta do banheiro e me apoiei na pia do banheiro, estava horrível quando me olhei no espelho, vi que tinha envelhecido pelo menos uns 15 anos, meus olhos estavam vermelhos e o sangramento na minha mão ardeu um pouco quando entrou em contato com a água quando eu finalmente decidi lavar as mãos e passar uma água em meu rosto horrendo para não dizer horroroso daí para pior enfim..respirei fundo e tentei guardar a minha decepção em meu coração e talvez enterrar no mais profundo do meu ser, pois naquele momento tudo que eu queria era beber, talvez isso fosse o melhor a se fazer em um momento péssimo como esse, meu celular começou a tocar no meu bolso de uma forma que parecia ser urgente ou apenas seria coisa da minha mente ?

De qualquer maneira eu tirei do bolso e atendi sem nem ao menos ver quem era.

- Alô...- Disse sem ânimo e ainda me olhando no espelho.

- Nossa que desânimo cara, queria saber de oque acha de eu ir para sua casa pra gente beber um pouco? - Perguntou Carlos ânimado.

- Pode vir mais a bebida aqui já tem, tenho algo a te contar ! - Disse segurando minhas lágrimas.

- Oque aconteceu ? - Perguntou preocupado - Oque houve que tá com a voz chorosa ?

- Apenas venha logo ! - Disse e desliguei.

Coloquei o celular em cima da pia, passei as mãos no meu rosto, queria que isso não estivesse acontecendo mais mesmo assim eu fechei os olhos e pedi para quando eu abri a dor não estar mais aqui..mais sei que não é fácil assim mais vou apreender no fim, minhas mãos se unem para que eu tire do meu peito oque há de ruim...estava difícil ficar bem.

Peguei meu celular e enfiei novamente no meu bolso, fui em direção a caixa e desci as escadas lentamente, respirei fundo quando coloquei a caixa perto do sofá, deu até uma canseira fazendo tudo isso.

Fui até a cozinha que agora era minha, aliás a casa inteira era minha e sem devoluções, sorri por ver que agora não tinha limitações, mais mesmo assim a dor batia no meu peito fortemente, talvez com o tempo isso melhore mais terei que explicar para o Carlos que as coisas vão mudar muito e quem sabe eu peço para ele me fazer companhia pelo menos por um tempo já que eu iria precisar de alguém, esse alguém poderia ser ele de certa forma.

Peguei dois copos grandes no armário grande que tinha perto da geladeira, fechei e voltei para a sala, fiz questão de ir até o meu celular é colocar uma música para pelo menos tentar me animar Pabllo Vittar Open Bar, quando começou a tocar fiz questão de cantar um trecho junto.

- Cê duvidou do meu amor, fez chorar me fez sofrer Me enganou, me machucou - Ri e continuei cantando para ver se a bad saia - Mas passou, não quero saber de você...!!

Ouvi o barulho do portão abrindo e fui ver quem era enquanto a música tocava, pelo menos iria dar um jeito de sair da bad e me animar com Carlos, ele abriu o portão e vi que ele estava muito bem vestido, com uma camiseta preta e uma jaqueta estilo motoqueiro por cima e uma calca jeans, combinando com uma bota preta e os cabelos arrepiados para cima, ficou tão..

- Bad Boy....- Disse sorrindo para ele que veio em minha direção me abraçando forte, pude sentir o seu cheiro forte de perfume até mais que isso, senti que finalmente estava protegido.

- Estou aqui...- Susurrou no meu ouvido, oque fez meus pelos do pescoço arrepiarem.