Capítulo 18

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Antes que eu pudesse falar alguma coisa, Guilherme se virou para o meu pai e ficou de costas para mim.

- Tenho que lhe contar uma coisa - Disse Guilherme para o meu pai.

- Diga - Disse meu pai cruzando os braços.

- Athena não morreu na verdade, ela queria fugir com Alexsandro e até forjou a morte dela - Disse Guilherme um pouco revoltado.

- Isso não pode ser possível - Disse assustado - Como ela pode fazer isso ?

- Abrindo as pernas ue - Disse saindo de trás de Guilherme e passei por ele indo em direção ao meu quarto, bem ou mal ainda estava de cueca mesmo que isso não significasse muita coisa no contexto geral, porém esse assunto deles não era da minha conta.

- Você sabia ? - Perguntou meu pai pegando meu braço com força.

- Não - Disse olhando para ele - Mesmo se eu soubesse eu não tenho nada ver com essa história.. - Disse olhando para ele e depois para Guilherme que me olhou por um segundo e depois abaixou a cabeça, será que ele estava hesitante?

Ele me soltou e eu segui para o meu quarto, precisava pensar nas minhas opções a seguir.
Então a historia que minha prima morreu era apenas um golpe para fugir com o amante que coisa mais interessante, porém ela é uma idiota.

Coloquei um short apos me secar e por a cueca box vermelha que peguei no meu armário, quando sai do meu quarto ouvi gritos.

- PODE INDO ATRÁS DELA E SE CASAR !! - Gritou meu pai parecendo furioso com essa situação.

- EU NÃO VOU ME CASAR COM AQUELA VAGABUNDA DE JEITO NENHUM, SE QUISER CASE VOCÊ COM ELA - Gritou Guilherme falando de um jeito autoritário.

- Isso não vai ficar assim eu te garanto - Disse meu pai em tom de ameaça.

- Estou esperando Lorenzo, apenas esperando para falir a sua porcaria de empresa - Disse Guilherme e se calou quando me viu descer.

- Eu tenho que ir resolver umas coisas e vou embora, tchau filho - Disse meu pai e respirou fundo antes de ir embora, pelo visto as coisas não iam tão bem assim entre eles, será que assim era no mundo dos negócios?

- Então Guilherme agora que estamos sozinhos, tem algo para me contar ? - Perguntei e me virei em sua ddireção ele se sentou no sofá e parecia não estar muito bem ou até nos melhores momentos agora.

- Eu vou mandar o meu filho para adoção e depois ver oque fazer, acredito que deveria se preparar para sua viagem - Disse de uma forma irônica.

- Que viagem ? - Perguntei e me sentei ao seu lado.

- A viagem para Nova York, você ira amanhã de manhã para lá e se tudo der certo algumas coisas irão mudar, provavelmente até seu modo de falar e agir - Disse olhando pra mim, senti uma lágrima cair sobre o meu rosto - Não chore pequeno, eu vou ir te ver quando der - Disse e me deu um beijo na bochecha e outro em meus lábios, a sensação de beijar Guilherme era única e tão boa que eu não queria perder isso, meu coração acelerava toda vez.

Quando nossos lábios se separaram eu me senti estranho, uma sensação de não estar completo me tomou.

- Acha que eu deveria ir mesmo para la ? - Perguntei colocando minha mão sobre a sua.

- Acho que deve fazer o melhor para o seu futuro mesmo que seja longe do que conhece - Disse olhando bem no fundo dos meus olhos - Eu não poderia ficar com você mesmo se eu quiser, tenho coisas pendentes com o seu pai e meus próprios problemas pessoais para resolver - Disse e se levantou.

- Então vai fazer isso comigo e me dar as costas ? - Perguntei olhando para ele que estava de costas pra mim.

- E necessário - Disse friamente.

- Necessário para mim ou para você ? - Perguntei e vi ele tirar a passagem de avião do bolso de sua calça.

- Provavelmente para nos dois - Disse se virando e me dando a passagem - Tem coisas na vida que não se pode mudar ou evitar, tem coisas que se for para acontecer irá acontecer e se não acontecer, simplesmente não era para ser - Disse e me olhou novamente - Boa sorte Douglas ! - Disse e me deu as costas e foi embora batendo a porta quando saiu.

Eu comecei a chorar, agora nada me prendia aqui nesse lugar de merda, meu pai me ligou um tempo depois e disse que amanhã iria me pegar e me deixar no aeroporto, meu destino era um pouco incerto porém talvez apenas talvez seja o melhor.
Pensei em Carlos já fazia um tempo que eu não o via, liguei para ele e ele não atendeu, oque estaria fazendo ?

A noite chegou e eu não sai de casa, fiquei olhando para aquela pesagem por um bom tempo e no fundo sabia que se a vida te da uma chance deve pegar e não ter medo do que for acontecer, quem sabe eu volte um homem melhor de lá.

Na manhã seguinte.

- Não vai precisar levar mapas - Disse meu pai entrando em casa.

- Porquê ? - Questionei.

- Tudo já foi comprado até seu apartamento o professor será providenciado em breve assim que chegar lá - Disse me puxando para fora de casa e trancando tudo.

Entramos em seu carro, ele iria dirigir dessa vez oque eu achava um tanto estranho já que não fazia isso quase nunca mais nada disse o caminho interior, apenas pensava em Guilherme, fomos para o aeroporto de Guarulhos, meu olhar se fixou quando vi um dos aviões no céu.
Bem esse era o momento de dizer adeus e quem sabe um pouco de mim ainda fique aqui.

- Douglas você vai de um jato particular, anda vamos embarcar - Disse meu pai.

Eu olhei para a passagem de avião que tirei do bolso e havia uma carta junto a ela, bem no meio mais nada disse apenas guardei novamente é o segui para pista sem dizer nada.
Talvez seja isso que minha vida foi, um garoto que se deu mal no começo e no final nem tanto assim, assim que subi no jato, dei uma última olhada para trás e vi que no fim tudo valeu a pena.

Bilionário - Romance Gay - 2018Onde histórias criam vida. Descubra agora