Capítulo 24 - Último Capítulo

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Lá fora, um céu pesado promete chuva, e hoje eu não esqueci que não poderia faltar no velório, minha vontade de ir e quase nula isto é nula, entro rapidamente no meu banheiro e me lembro de Guilherme, ultimamente quase tudo me lembra ele mais mesmo assim eu sabia que isso não era algo importante já que eu não poderia deixar de viver mesmo que a dor fosse latente..

A água caia pelo meu corpo me cobrindo quase que por completo, ainda estava pensativo se realmente seria uma boa ideia em ir, terminei oque tinha que fazer e sai do banheiro, me deparo com um terno preto com uma gravata cinza escura em cima da minha cama, vou até o terno e nele tem um pequeno bilhete

Que combine tanto com seu corpo quanto com seus olhos.

Sorri ao ler isso, talvez Carlos tivesse deixado isso, fui até o meu armário e coloquei uma cueca boxer vermelha, me permiti parar um segundo e me vi a tempos atrás quando eu não tinha nada, saudade dessa época.
Ouvi alguém bater na porta.

- Me espere lá em baixo - Disse.

- Okay - Respondeu Carlos do outro lado da porta, ele estava tentando me ajudar a superar a perda mesmo não conseguindo completamente.

Coloquei o terno e peguei um sapato social que já me aguardava perto da cama, respirei fundo e pedi a Deus para isso acabar logo, eu não pude deixar de notar que a perda de Guilherme atingia não só a mim como os outros a minha volta esses tempos, já estava pronto e apenas passei um pente no cabelo apenas para arrumar, sai e fui para o andar de baixo.

- Seu pai disse que iria embora do pais urgente - Disse Carlos.

Meu pai passou por ele com uma mala grande, parou e olhou para mim.

- Estou indo para Suíça - Se limitou a dizer isso e saiu com pressa.

- Oque esta acontecendo  ? - Questionei irritado.

- Não importa, o carro lhe aguarda ! - Disse Carlos subindo alguns degraus e pegando forte no meu braço e me conduzindo para fora.

Eu não disse mais nada, chegamos ao Jardim e havia um carro preto parado com a porta traseira aberta.

- Bem nos despedimos aqui - Disse Carlos.

- Ue não vai no funeral ? - Perguntei.

- Não, rápido entre no carro ou vai chegar atrasado ! - Disse e sorriu.

Eu entrei no carro, mesmo relutando ele estava agindo de uma maneira estranha e isso não era muito comum ao meu ver, logo o carro começou a se mover, vi Carlos dando as costas e meu irmão foi até ele é olhou para o carro.

- Para aonde estamos indo? - Perguntei para o motorista, não dava para ver direito pois estava com uma roupa preta e um óculos preto.

Ele não me respondeu, notei que estávamos longe da cidade, fiquei com medo do que poderia acontecer e se acontecesse o pior ?
O carro parou bruscamente no meio da estrada, havia outro carro parado.

- Desça ! - Ordenou o motorista - Entre no carro a frente  !  - Completou.

Mesmo não compreendendo a situação, fiz oque me foi ordenado e entrei no outro carro preto,assim que entrei vi Guilherme no banco do motorista, ele estava sorriu quando me viu, eu fiquei em choque e sai do carro, ele saiu do carro também.

- Como ??? - Perguntei em choque e comecei a chorar  - Como isso é possível ?? - Perguntei tentando formar as palavras.

- Isso é bem simples, não fui eu quem entrou no vôo - Disse como se fosse a coisa mais simples do mundo - Sabia que seu pai iria tentar me matar, ele tentou roubar a minha empresa a dois anos devido as pessoas que ele colocou para me vigiar - Disse e continuou  - Ele queria que você estivesse pronto para me derrubar, mais ele não contava com o desprezo que você tinha por ele é também pelo fato de você estar apaixonado por mim, ele não é seu pai de verdade também.

Bilionário - Romance Gay - 2018Onde histórias criam vida. Descubra agora