Capítulo 13

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Tudo estava indo longe demais e eu sabia que a culpa era minha inteiramente minha.

— CHEGA !!!! — Gritei e fiz todos olharam para mim — GUILHERME ESTÁ ACHANDO QUE PODE BATER NO MEU AMIGO NA MINHA CASA ? — Gritei mais alto ainda.

— Mais eu...— Disse se virando e olhando para mim.

— MAIS VOCÊ NADA ! — Disse cruzando os braços e encarando ele, já estava puto da vida com as atitudes de Guilherme — SAIA DA MINHA CASA AGORA ! VOCÊ NÃO TEM DIREITO DE BATER NO MEU AMIGO E NEM DE SE METER NA MINHA VIDA, SEJA ISSO PARA VOCÊ OU PARA QUALQUER UM QUE FOR ! — Disse olhando fixamente para ele e depois para o meu pai que parou de rir na hora e abaixou a cabeça.

— Eu não vou embora só por essa atitude que eu tomei que foi impulsiva ! — Disse se sentando novamente aonde estava.

Aiii meu rosto! — Ouvi o gemido de Carlos que ainda estava no chão.

Eu fui correndo até ele, ele estava um pouco machucado e o rosto estava vermelho quase ficando roxo, eu estava mais preocupado com oque fazer agora do que com o fato do Guilherme estar ali ou não.

— Está tudo bem..— Disse Carlos passando a mão pelo seu nariz que estava sangrando.

— Você não está nada bem..— Disse me segurando para não chorar, eu gostava muito de Carlos ele tem sido um apoio e tanto nesse últimos dias.

— Não seria melhor levar ele no hospital ? — Sugeriu meu pai e eu olhei para ele, mais foi inevitável não olhar para Guilherme eu não queria que ele estivesse aqui, ele não sabia o tanto que me fazia mal.

— Quer ir para o hospital ? — Perguntei voltando a olhar para Carlos que me olhava de uma maneira suave e doce.

— Não é para tanto também ..— Disse se levantando meio atordoado, ele não parecia estar tão machucado mais o sangue sempre me deixou apreensivo.

— Vai embora Guilherme ! — Disse meu pai tomando a frente, eu olhei para ele que estava com um olhar não muito amigável para Guilherme.

— Porquê eu deveria ir embora padrinho ? — Perguntou arregalando os olhos de surpresa.

— Pelo fato de você bater no amigo do meu filho na casa dele, ele nem ao menos revidou mesmo que isso seria o mínimo a se fazer, eu esperava bem mais de você como pessoa e como homem... infelizmente estou desapontado com suas ações, tem certeza que deseja se casar com a Athena ? — Perguntou meu pai mais seu tom de voz era bem calmo, por mais que as palavras fossem fortes.

Guilherme se levantou passou por Carlos que estava vendo se tinha gelo já geladeira e passou por mim que ainda estava no chão, ele me olhou de uma forma que eu não sabia se isso era bom ou ruim, mais ele não parou e só ouvi a porta bater com força, eu não esperava isso dele mesmo que eu o conhecesse a pouquíssimo tempo, ele tem sido uma decepção,quer dizer mais uma na minha vida, eu ainda não superei o fato da minha vida por anos ser uma total é absurda mentira, mais eu prefiro guardar isso para mim do que falar aos quatro cantos do mundo das minhas decepções, problema e até traumas..etc.

— Eu sinto muito pelo Guilherme ! — Disse meu pai me olhando com tristeza, ele estava triste? Me pergunto se oque ele falou para mim ele fazia ao menos consciência do que aquilo me fez, ele vai casar com a vagabunda chamada Athena ? Isso não era algo que eu poderia impedir.

— Não sinta não foi você que levou o soco Lorenzo, eu me pergunto se ele tem ao menos modos! — Disse Carlos olhando para o meu pai. 

— Como sabe meu nome ? — Perguntou meu pai olhando ele se sentar ao seu lado aonde Guilherme estava.

— Como não conhecer você? — Perguntou em um tom sarcástico — Eu o conheci a dois anos quando teve um baile na sua mansão, meu pai e a minha família foi para lá, eu não diria que foi um evento tão ruim assim e em questão de Guilherme eu sei o quanto ele é explosivo ..— Disse com um sorriso forçado em seu rosto.

— Deveria ter me falado sobre isso a mais tempo, seu pai não tem mais aparecido na minha empresa, parece que depois do baile ele quis cortar ligações completamente ! — Disse meu pai seriamente.

— Ele sabia sobre o comportamento de Guilherme, mesmo ele não sendo parte do negócio de ambos mais ele temia na época que o senhor Lorenzo fosse apoiar as ações de seu afilhado por algum motivo em especial, mais agora eu vejo que não apoia da maneira que ele teme ou até mesmo esperava..— Disse e me olhou — Agora que finalmente encontrou seu filho, irá pelo menos ensinar como as coisas funcionam ? Acredito que deveria mandar ele para fora do país para aprender o básico ! — Disse Carlos e meu pai ouviu atentamente.

— Para fora do país ? — Perguntei me levantando, aquilo poderia muito bem ser uma boa piada de mal gosto por mais que não parecesse a essa altura do campeonato.

— Seria bom aprender etiqueta, negócios, modo de se comportar e vestuário! — Disse me olhando nos pés a cabeça, me senti naquele filme O Diabo Veste Prada, que merda..

—  Realmente ele irá voltar outro homem — Disse Carlos tirando o gelo que colocou bem um pano de seu rosto.

— E isso que deseja ? — Perguntou meu pai.

— Claro meu pai ! — Disse olhando para ele meio que incerto até onde isso me levaria.

Eu não achava isso tão necessário, meu pai e i Carlos saíram e eu só pude me perguntar oque fazer de fato, Guilherme era um total idiota mesmo, ele iria  casar e agora eu iria viajar para algum lugar que nem ao menos conheço, as coisas estavam indo melhor que nunca...ou talvez isso seja só alguma loucura que não tem fim e nunca terá.

Eu estava cansado então eu tranquei o portão e a porta, só oque eu pensava em fazer era dormir os dias tem sido uma merda sem limites e eu estava sem sorte já que passei por tudo isso..quando eu finalmente deitei na minha cama eu senti um peso tão grande que até pensei que nunca teria fim de tão pesado que estava..

— Será que ainda terei que passar por mais dias assim insuportáveis ? — Me Perguntei fechando os meus olhos.

Bilionário - Romance Gay - 2018Onde histórias criam vida. Descubra agora