Capítulo 1 - Uísque

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Opa, olha eu!
Antes de lerem, eu queria dar um pequeno aviso.
• É o seguinte: essa história é muito importante pra mim, foi um história onde eu pude colocar alguns dos meus sentimentos mais profundos. E não, eu não estou romantizando algo tão serio, até porque o que eu quero mostrar é que o amor, seja ele próprio ou por alguém, pode salvar vidas.
• Espero que você tenha lido os avisos hehehe. Críticas construtivas sempre serão bem vidas.
• Lembrando que os personagens são completamente FICTÍCIOS.
• O drama contém cenas um pouco pesadas demais. Contém palavras ofensivas e impróprias.
• A história aborda alguns temas um pouco polêmicos e tabus.
Eu espero que vocês gostem da historia, e por favor, dêem muito amor ao meu bebê.
Boa leitura :3

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Na rua completamente escura

Eu estava perdido e sozinho

Mesmo se eu tentasse levantar novamente

Sonhos despedaçados aprofundavam ainda mais a ferida

- 함께 (Cure)Yoo Young Jin & Taeyong








Taeyong.

Foge.

Fugia quando sua mãe gritava o seu nome do andar de baixo, para que colocasse o lixo para fora, pelo simples fato de ser incômodo sair de casa e expor a todos a sua inutilidade e culpa. Normalmente era dentro de casa onde tinha o privilégio de poder sentir um pouco mais seguro ou confortável em relação a isso, mais especificamente dentro do seu quarto, onde ninguém o julgaria a não ser ele mesmo. Não que aquela casa não o fizesse sentir um lixo ambulante, mas era bem menos do que em qualquer outro lugar.

Fugiu da enlouquecedora prova de matemática no segundo ano, quando a falta de ar e a agitação do coração decidiram dar as caras, fazendo com que sua mente entrasse em um loop infinito de pane. Parecia que tudo estava desmoronando aos poucos, como se as forças restantes que ainda armazena dentro do seu corpo fosse esvaziando a cada arfada pesada produzida por seus pulmões fajutos, e a angústia densa que ocupava seu coração voltasse depois de um tempo sóbrio de dor e desespero interno.

Indescritível. Indescritível talvez fosse, hipocritamente, a palavra certa para descrever o que se passava com seu corpo, mente e coração dentro daquela abafada sala de cálculos, onde dezenas de alunos concentrados em seus exames se encontravam. Naquele dia, ele não sabia ao certo o porquê do seu corpo reagir de tal forma, fazendo com que deixasse de responder aquelas questões complicadas, para escrever palavras desconectas na parte em branco do exame.

Na hora de entregar a atividade avaliativa, por um momento ele pensou que estivesse respirando ar puro, como se seu pulmão estivesse dando, pela primeira vez, a oportunidade de receber algo leve, como a brisa de um campo de flores. Quando a folha passou da sua mão para a mão do velho professor de matemática, automaticamente a vida o deu a rasteira final do dia, provocando uma risada descontrolada, um misto de alívio e desespero.

Ele fugiu dos questionamentos dos seus pais – esses que nunca precisaram se preocupar com sua vida escolar – quando perguntaram o que estava acontecendo consigo depois que o coordenador ligou, avisando de todas as palavras aleatórias – sejam de ódio e de amor, escrita na última folha daquela prova –, apenas respondeu que estava tudo bem. Mas sempre foi um grande mentiroso, já que conseguiu que dessem uma trégua, não conseguia lembrar de um mísero momento que tivesse sido verdadeiro, ao menos consigo mesmo. Lee Taeyong era um idiota, que não conseguia controlar seus sentimentos e acabava sufocado com o peso de todos eles.

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