Disciplina

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14 de julho de 2017,

Eu me encontro constantemente fora de equilíbrio. Quando começo a fazer algo certo, logo peco pelo excesso e sobrecarrego alguma outra coisa.

Esses dias, disciplina é a palavra de ordem.

E eu sempre fui falho nessa área, tão falho que mal tenho conseguido manter essa palavra direito no meu coração. O Senhor tem insistido nela já faz um bom tempo. Mesmo antes que ela surgisse claramente, quando o Senhor ainda me ensinava sobre o Silêncio e eu estava atravessando as trevas da fé, Ele já estava me ensinando sobre disciplina.

Foi somente através da disciplina que eu parei de vaguear por todos os cantos da literatura e realmente me sentei de frente com os bons livros: os livros que Ele escolhia para mim.

Eu, de fato, tenho a contínua ilusão que eu devia saber de tudo. Por isso, se me sinto ignorante em um assunto em algum momento no contato com outras pessoas, decido procurar tudo sobre. Mas, às vezes, existem livros e coisas que ainda não temos maturidade para entender, ou que ensinam coisas que não são parte da nossa vida - e talvez nunca sejam.

Hoje, eu lembro de boa parte do que está escrito na primeira parte de "A Imitação de Cristo", porque aquele livro tinha relação direta com a minha vida naquele momento - e com o que Ele estava me ensinando. Não foi um livro que eu li somente para aumentar meu banco de dados, para saciar minha curiosidade.

Na verdade, se fôssemos feitos para acumular informações da forma com que somos ensinados e da forma com que se cobra e se espera de nós, nossa mente não funcionaria como funciona. O pensamento, para mim, parece um movimento artístico, constantemente mudando. Nós lembramos mais de histórias e não de dados, porque nós fomos feitos para relacionar.

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