Entre os dias 14 - 17 de julho, 2017.
Da primeira parte da Imitação de Cristo (livro), só uma coisa não pareceu cair profundamente no meu coração: humildade, se considerar inferior a todos os outros.
Como é difícil para nós alcançar a humildade. Especialmente nós que conhecemos e sabemos de muitas coisas (ou que pensamos conhecer e saber). Especialmente nós, que fomos libertos do pecado e agora buscamos viver uma vida santa. Especialmente nós, que alcançamos e estamos alcançando alguma maturidade no nosso crescimento espiritual.
Isso porque, nós, quando estamos nessas posições, tendemos a olhar para os outros em termos de comparação. Esquecemos que nós, se não fosse pela graça, estaríamos ou estávamos pior do que aquelas pessoas que estamos julgando.
Nossos olhos sempre estão focados nos lugares errados e as nossas memórias são sempre propensas a esquecer das coisas que passamos e de onde caímos.
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Por um longo tempo, eu pensava que a humildade era uma característica inata. Você tinha que nascer com ela. Quem era humilde, era humilde. E, ainda pior, eu achava que era uma característica subsconsciente. Por isso, você não poderia saber que era humilde, ou correria o risco de deixar de ser. Para mim, a humildade era como um super-poder místico, inalcançável e distante.
Um dia, porém, eu percebi que Jesus e Paulo eram humildes e eram conscientes disso:
"Aprendam de mim, porque sou manso e humilde de coração"
"Eu, o pior de todos os santos".
Isso não mudou o meu coração, mas foi o primeiro passo. O que mudou mesmo, foi uma situação em que eu me percebi tão falho e fraco, que tudo que eu sabia e tinha de repente não tinha mais nenhum valor diante da realidade.
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Humildade não é se ridicularizar, e nem a humilhação diante do Senhor é isso. Na verdade, as duas coisas tem a ver com reconhecer a sua posição diante dEle.
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Humildade é chave para uma vida cristã frutífera.
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Nossos olhos estão tão constantemente preocupados com o exterior, com como uma determinada pessoa está se comportando em comparação a nós, que matamos a humildade por um outro caminho. Muitas vezes medimos o invisível pelo visível, sem discernimento nenhum.
Deveríamos parar de medir os outros na medida do nosso crescimento, considerando que todos nós passamos por diferentes lutas em diferentes realidades, mas que todos somos inteiramente dependentes do Senhor. Nós temos os feitos os outros menores do que nós.
Mas, quando os discípulos perguntam a Jesus quem é o maior entre eles, Ele responde: que o maior seja aquele que serve. Nós, porém, estamos correndo para sermos os primeiros nos portões do céu, mas não estamos prestando atenção naqueles que estão caindo do nosso lado. Esses são aqueles que nós deveríamos pegar pelas mãos, erguê-los, curar as feridas e deixá-los alcançar os portões antes de nós.
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Eu sei que ainda há alguma desordem na minha mente sobre esse assunto, mas esse é um espaço livre para que se aperfeiçoe.
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Contemplações
SpiritualEste livro é um registro de uma parte da minha jornada em busca de Deus. Os capítulos foram transcritos de um caderno, com o mínimo de edição possível, para mostrar o processo de aprendizagem - e de amadurecimento - e como ele evolui com o tempo.