Encontro de Nina com o Senhor do sentimento.

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A verdade
Em um dado momento na Toca ela estava um pouco afastada, sentada escorada a um tronco de árvore pensando em como tudo estava mudado, sua antiga forma de viver e pensar estava quase enterrada, tinha formado em poucos dias uma nova realidade o momento forçava a pensar diferente, um sonho não dura tantos dias, foi quando o Senhor do sentimento abordou Nina, à noite de dormir era de lua clara, Nina estava muito concentrada em seus pensamentos, sentia muita falta de seu mundo e se questionava se era aquele mundo o seu, ou aqui era seu lugar, em sua cabeça qualquer lembrança, era do seu dia a dia, levantar muito sedo, tomar seu banho, seu cafezinho fresco, ir trabalhar e encontrar os amigos. Embora sentisse falta de sua vida de antes, era aqui que se sentia realmente feliz.
Alec apareceu do nada ao lado de Nina e a questionou.
— Qual é a sua verdade? Sussurrou ao ouvido de Nina, o que a fez sobressaltar.
— Quem é você? Perguntou assustada.
— Eu sou o Senhor do Sentimento. Alec se apresentou e sem demora questionou novamente sobre qual era a verdade dela, sem dar tempo de Nina pensar arrematou. — Esse é meu teste, quero saber a sua verdade.
Nina se questionava, quando percebeu que estava falando sozinha pois Alec já tinha desaparecido assim como chegou.
Não tinha realmente visto Alec somente sentiu a presença dele, era uma sensação interessante, como um transe, porém, real de alguma forma, resmungou consigo mesma que nesse mundo nada é realmente real, ou era? Essa dúvida a deixou pensativa foi então que lembrou o que o Senhor do Sentimento perguntou, qual era a sua verdade e que esse era seu teste, porque todos querem me testar aqui? Ainda resmungando, se deu conta que na verdade ela mesma não poderia dizer qual era sua verdade, sentia esse mundo como se fosse sua vida real, todavia as suas lembranças de vida estavam na outra vida que conhecia, lá ela tinha referências de si, aqui era tudo como se fosse novo e ao mesmo tempo a sensação era de ter esquecido algo muito importante como uma amnésia. No meio dessa dúvida resolveu que perguntaria para Ghrates sobre isso.
Dandarim Ghrates ouviu Nina resmungando e foi salva lá.
— Menina porque esta resmungando? Provocou.
Nina teve um sobre salto e pensou que devia estar falando alto de mais, gaguejou quando falou.
— Dedesculpe-me Mestre, acho que estava pensando alto, foi sua desculpa.
— Acho que pensando, verdadeiramente não estava e sim resmungando alto, diria eu, dando um daqueles sorrisos de canto de boca, ele a estava observando quando Alec apareceu e conhecendo a menina sabia que a cabeça dela estava dando volta, cheia de perguntas, achou que poderia protege lá dessa vez, então, fez um pergunta direta e simples.
— Conheceu Alec?
— O Senhor o viu? Olhou-o admirada, achando que só ela tinha visto ou sentido.
— Sim, conversamos um pouco antes de ele a visitar. Esse comentário encheu a cabeça da Nina de pergunta, o que fez Ghrates quase se arrepender.
— Então ele é real?
— Há sim, ele é bem real. A resposta veio junto a um sorriso.
— Me pareceu um pouco surreal, tentou explicar.
— Bem, ele é o Senhor do Sentimento, e é natural senti-lo assim, entende. Nina compredeu, era como um sentimento, a forma como Alec se fez presente.
Nina aproveitou o raro diálogo, já que Ghrates pouco falava, e contou sobre seu breve encontro com Alec, explicou que não sabia qual era a verdade.
— Cada um têm suas verdades menina, ele só quer saber quais são as suas.
— Mas Mestre, ele perguntou qual é a minha verdade, no singular entende? E porque tenho que ser testada? Ghrates estreitou a boca alertando Nina que já era hora de se calar.
Quando se virou um leve sorriso passou sobre o rosto de Ghrates, ele estava orgulhoso dela, estava pensando, isso é o princípio da paciência, estava quase pronta, seu verdadeiro teste seria fazê-la mostrar coragem, porém ao conhecê-la melhor mudou de ideia e apresentou a paciência como teste, em seu primeiro encontro com Nina ela demonstrou muita coragem, percebeu o que faltava à ela era paciência, porque coragem ela tinha de sobra.

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