capítulo 3

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Capítulo 3

Emma Wilson

   As vezes paro para pensar e me pergunto "Qual o motivo da vida se a morte é a única verdade?" essa pergunta me trazia muitos sentimentos, sentimentos esses que me fazia congelar, sempre sentia a minha mente cheia, mil pensamentos de uma so vez, era como se minha cabeça fosse explodir, muitas vozes, era como se essas vozes tomassem conta de mim, as vezes nem dormir conseguia, meus pensamnetos estavam me matando, entre meus dedos um cigarro, chapéu boater na cabeça, blusa de manga vermelho sangue feita de tricor, calça jeans azul escura, com um lindo all star preto no pe, caminhava enquanto soltava a fumaça sem medo, ou frescuras,  todos olhavam para mim, pois era a filha mais nova do Roberto Wilson, diretor daquele colégio idiota.

   Estava caminhando nos corredores da escola, se estava fumando? Sim! Sou aquela pessoa que não gosta de regras, amo quebrar cada uma delas principalmente se foi feita por ele, o homem mais despresivel desse mundo, o meu pai.

 __Eu já te falei para não fumar Emma! __Senti meu rosto arder com um tapa naquele momento, todos estavam olhando, todos que estavam ali pararam para olhar, naquele momento senti meus nervos endurecer, sentia muita raiva dentro de mim, o grande diretor Roberto Wilson sempre queria demonstrar medo a todos, sabe o que é pior em seu pai ser o diretor do colegio em que voce estuda? __Porque você tem que ser assim? Eu te odeio garota! __ È ter um pai que fala palavras que magoam para voce enquanto ele abraça e sorrir para os filhos dos outros.

    Naquele momento estava com a mão esquerda ainda no rosto, dentro de mim um sentimento de solidão me invadiu de uma forma avassaladora, um nó em minha garganta foi formado.

__Vamos papai! __ Logo ouvi a voz fina e desajeitada da minha irmã mais velha, a Leticia Wilson, melhor dizendo, a garotinha do papai, aquela que todos amam, aquela que nunca erra. __Se acalme! Vamos! __Falando essas palavras ela começa a puxar o braço do papai. __Deixa a Emma papai, Ela só quer chamar atenção. __Aquela voz irritante e estremamente fina me causava náuseas, a todos momento Leticia se fazia de boa, sempre era a melhor em tudo, sempre era a menininha que o papai apoiava em tudo, ela era a perfeitinha de cabelos loiros, lisos e com um belo par de olhos verdes redondos perfeitamente bem maqueado, sua pele branca e macia como percego, seu corpo era magro e cheio de curvas, o corpo que todas as garotas sonham.

__Ela é um idiota! __ Ouço o papai gritar com um tom de vo grosseiro. __Sua irmã é uma decepção! __ Assim que ele falou isso senti outro tapa em meu rosto, nao conseguia falar nada naquele momento, olhava fixamente para os olhos do meu pai e para os olhos da minha irma, sim, havia verdades em tudo que eles diziam naquele momento, olhando em seus olhos pude perceber o quão solitaria estava, todos estavam parados olhando tudo que estava acontecendo. __Porque você não pode ser como sua irmã? Ela é a filha perfeita! __Ele falava olhando para mim, em seus olhos vi desprezo, desprezo por mim.

__Sabe porque papai? __Naquele momento senti como se meu coraçao fosse sair pela boca, minhas mãos estavam frias e tremulas, em minha boca um gosto amargo, sentia como se todo meu ser estivesse partindo em pedaços. __ Porque eu não sou cópia de ninguém! __Falei isso dando as costas e caminhando em direção ao banheiro, sentia todo meu ser desmoronar, mas, ali não seria o lugar, ali no meio de todos não.

__Emma! __Gritava meu nome em alto e bom som. __Emma volte aqui! Volte aqui agora! __Ele gritava furioso. __Vão para as suas salas! Estão esperando o que? O que estão olhando? __Enquanto ele gritava com os alunos eles saiam cada um para a sua sala deixando ele sozinho com a Letícia.

   Minhas mãos estavam tremulas, minha visão embaçada, sentia meu folego ser tampado, sufocado, meu coraçao estava muito acelerado, naquele momento me olhei no espelho, meu rosto estava vermelho, em meu rosto havia marcas de tapas, porque era assim? Porque sempre fui tratada mal, meu pai sempre falava da mamãe com a Letícia, dizem que ela nos amava mas, não lembro dela, tento lembrar para poder viver a cada dia,mas, não consigo, na verdade sinto que meu pai não me ama, sempre fazia essa comparação entre a Letícia e eu, ele sempre me culpa por algo, sempre sou a errada, sempre sou a ovelha negra da família, me sentia como se não me encaixasse em lugar algum.

Obscuros Destinos (Livro Fisico)Onde histórias criam vida. Descubra agora