Vaticínio - II

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O espírito da lâmina Fuyui se materializou para mim novamente e disse — Devia se esforçar mais e ensiná-lo a usar a espada?

— Não é falta de esforço da minha parte. O que falta é o trabalho pela parte dele.

— Pare de dar desculpas.

— Desculpas?

— Ele é o seu mestre, e deveria obedecê-lo.

— Mestre coisa nenhuma!

— Ah, não sei porque ainda perco meu tempo com você depois de tanto.

— E eu contigo!

— Seu fraco!

— Fraco eu? Há, e quem derrotou o demônio aqui hoje? Se o pequeno tivesse uma mira melhor, ele teria caído fulminado.

— Conta vantagens, mas não cumpre com seu dever.

— Ah, cala a boca.

— Eu nem tenho boca!

Ele me cansa, mas ao menos é alguém para conversar. Não entendo como consegue servir alguém como Syrun. Alguém com sangue de demônio? Ora, isso é que é ironia. Nós, forjadas para exterminar demônios, depois de tanto, empunhadas por um deles? Que absurdo! Preferia meu antigo mestre, mas ele se foi, assim como muitos outros. E agora preso a Syrun. E depois do que vi hoje, duvido morrerá tão cedo.

Duvido que Bérin consiga salvar Lacoresh. E quanto a Syrun e o Bando de Valéria? Acho que ainda vai se ouvir falar nessa gente e seu trabalho sujo... Mas de qualquer forma, isso é assunto para outra história.

O Bando de ValériaOnde histórias criam vida. Descubra agora