Capítulo 5 - Discussão

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     Brooke foi levada para a delegacia e foi presa pelo assassinato de Charlie Wood Hilton.

     Brooke negou o crime de todas as maneiras, alegando que não tinha idéia de como aquele pote de veneno foi parar dentro da sua bolsa.  Para o azar dela, o xerife Carlos não deu ouvidos as suas palavras, já que desde o início, ela sempre foi a principal suspeita do assassinato.

     Parecia que finalmente o misterioso caso de Wood Hilton havia sido resolvido e que a família poderia voltar a viver tranquila, já que a culpada pelo assassinato de Charlie já estava presa.

     – Eu sabia que era ela! Eu disse! Eu disse várias vezes e vocês não acreditaram. - resmungou Clay.
     – Estava bem na nossa cara. - falou Shay. – Como não nos demos conta?
     – Brooke não podia ter feito isso. - falou Emmanuelle. – Ela não tinha esse direito! Meu pai fazia tudo por aquela... aquela maldita.
     – Ah pessoal, calma aí. - falou Dillon, que estava abraçado com Emmanuelle. – Eu sei que vocês nunca gostaram da Brooke, mas não está certo condená-la dessa maneira. Quem garante que foi mesmo ela que matou o Charlie? Alguém pode perfeitamente ter colocado aquele veneno dentro da bolsa dela para incriminá-la.

     Emmanuelle se afastou imediatamente do marido e olhou fixamente para ele.

     – Como é que é, Dillon? Você está defendendo aquela vadia? - perguntou Clay, revoltado.
     – Não é isso. Eu só... - Dillon foi interrompiado por Clay.
     – Vai ver vocês dois eram amantes. - falou ele.
     – Cala a boca, seu imbecíl. - gritou Dillon, dando um soco na cara dele. Clay devolveu o soco em Dillon, e os dois se atacaram no chão.

     Michael estava sentado sobre uma poltrona, calado, apenas observando.
     Emmanuelle e Michelle foram até os seus maridos e acabaram com a briga.
     – Já chega, Clay! Pare com isso! - gritou Michelle.
     – Foi esse idiota quem começou. Dá próxima vez - disse Clay, olhando para Dillon – Eu vou acabar com você.
    – Sou eu que vou acabar com você! - exclamou Dillon.
     – Não provoca, Dillon. - falou Emmanuelle.

     Michelle não pensou duas vezes e levou Clay, que olhava furiosamente para Dillon, pro quarto.
     – O que foi aquilo, meu amor? Eu nunca vi você daquela forma. Você não é assim! - falou Michelle, ainda em choque com o que aconteceu.
     – Você não viu? Ele estava defendendo aquela assassina.
     – Sim, eu vi. Mas não tinha necessidade de você agir daqu... - ela foi interrompida por ele.
     – Mas que merda, Michelle! Se você não vai ficar do meu lado, então cala essa boca. Uma coisa eu te falo, Michelle. Isso não vai ficar assim não. O Dillon vai pagar muito caro por isso. Eu te garanto! Michelle ficou totalmente surpresa ao ver a atitude do marido, já que ela nunca o tinha visto tão furioso.

     Ainda na sala, Emmanuelle limpava o sangue que escorria pelas sobrancelhas de Dillon.
     – Temos que evitar esse tipo de situação aqui em casa. - disse Shay. – Já não basta o que estamos enfrentando pela morte do meu tio?
     – Shay, Shay, Shay... - falou Dillon, em tom irônico e debochado – Já está começando a colocar as asinhas pra fora.
     – Do que você está falando? - perguntou ela, confusa.
     – Ah minha querida, não finja que não entendeu. Você nem tomou parte da fortuna do Charlie ainda, e já está querendo colocar ordens na casa? Você deve estar doida para mandar e desmandar em todos nós, não é mesmo? Vamos! Confessa!
     – Já basta, Dillon! - gritou Michael, levantando furioso da poltrona onde estava sentado. – Emmanuelle, leve o seu marido para o quarto agora, antes que eu seja o próximo a dar um soco na cara dele.
     Emmanuelle não exitou em levar Dillon para o quarto.

     – Obrigada por me defender! - disse Shay à Michael.
     – Não há de que, prima! - respondeu ele. - Aliás, não se preocupe com o Dillon. Ele não sabe o que diz. Ele nunca sabe o que diz...

     Brooke estava presa em sua cela na delegacia, chorando. Sim, chorando! Dessa vez, não era apenas mais um colírio que ela havia utilizado para simular um choro. Eram lágrimas de verdade! Ela segurava uma foto de Charlie em suas mãos.
     – Oh Charlie. - disse ela, conversando com a foto como se fosse o própio. – Aonde quer que você esteja, me ajuda. Por favor! Você sabe que eu não te matei. Eu nunca faria isso, meu amor. Eu te amava! Apesar de tudo, eu te amava. Me perdôa por eu ter sido infiel à você. Mas você precisa entender! Eu sou mulher, eu tenho desejos... Ai Charlie, me ajude a sair daqui, por favor! Eu te imploro!

     Na manhã seguinte, um novo dia chuvoso se iniciava em Bredford Cheester.
Para os Wood Hilton, esse era apenas mais um dia terrível que estava começando...

     Morgana havia acabado de chegar na sala. Ela carregava alguns lençóis de cama e dois travesseiros nas mãos. Ela deixou os lençóis e os travesseiros em cima do sofá e saiu. Ela estava à caminho da dispensa. Quando abriu a porta da dispensa, Morgana deu um grito tão alto, mas tão alto, que todos na casa puderam ouvir.

     Katie foi até a sala de Carlos na delegacia.
     – A srta. Shay está na linha. Ela quer falar com você.
     – O que aconteceu? - perguntou Carlos.
     – Eu não sei, mas ela não parece estar muito bem. A voz dela está estranha, igual no dia que ela veio nos avisar sobre a morte de Charlie. Eu acho que pode ter acontecido alguma coisa naquela casa.

     Carlos não perdeu tempo e foi imediatamente falar com Shay no telefone.
     – Srta. Shay, está tudo bem?
     – Ai xerife, aconteceu uma tragédia. - disse ela, chorando.
     – O que aconteceu?
     – O marido da minha prima, o Dillon. Ele... ele... ele foi esfaqueado.
     – Minha nossa! - exclamou o xerife. – E como ele está? Vocês já o levaram para o hospital?
     – Oh, xerife, o senhor não entendeu? Ele está morto!

O Misterioso Caso de Wood HiltonOnde histórias criam vida. Descubra agora