Após a trágica morte de seu pai, Park Jimin é forçado a deixar sua vida tranquila para trás e se mudar para uma antiga mansão habitada por seis vampiros enigmáticos. Entre eles está Jeon Jungkook, um vampiro misterioso com um olhar penetrante e um s...
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S
JIMIN
Busan 2023
Hoje faz exatamente três meses que meu pai faleceu. Isso mesmo, você não leu errado. Meu nome é Park Jimin, tenho dezoito anos e moro em Busan desde que nasci. Sempre foi apenas eu e meu pai. Ou melhor, era. Agora, sou só eu.
Desde que ele partiu, a casa ficou parada, quase morta. Neste exato momento, estou deitado no sofá, assistindo a um filme qualquer na televisão. Meus pés estão doloridos, já que acabei de voltar da delegacia. Tive que fazer um boletim de ocorrência e cuidar de várias coisas relacionadas à morte do meu pai, já que sua morte foi um tanto misteriosa. Mas isso não é assunto para agora. Admito que tudo isso é muito cansativo para mim, um jovem sozinho, tão cedo...
Todos devem estar se perguntando onde está minha mãe, certo? Bom, minha mãe morreu quando eu tinha apenas sete meses de vida. Nem tive a chance de conhecê-la. Só me restaram algumas fotografias de má qualidade, onde minha querida mãe me envolvia em seus braços, mesmo fraca, nos seus últimos meses de vida, não cedeu seu papel, cuidou de mim até seu último suspiro e, com uma dor muito grande, foi obrigada pela lei da vida a abandonar seu tão esperado bebê. Mas sei o quanto ela teria se orgulhado de como meu pai foi um grande homem, ele precisou se reerguer após a perda da esposa e me criou sozinho.
Sou interrompido dos meus pensamentos pelo barulho insistente do telefone fixo. Levanto-me, espreguiçando e resmungando enquanto caminho pela casa. O sobrado sempre foi escuro, iluminado apenas pelas luzes piscantes do filme que passava. Isso me obriga a andar mais devagar, tateando pelos móveis para não esbarrar em nada. Finalmente, chego ao telefone, sintonque vou atender a chamada e alguém dirá a famosa frase de um clássico de terror: "sete dias". E se isso acontecer, vou prontamente perguntar se não dá para antecipar o prazo.
— Alô? — atendo ao telefone.
A chamada fica em silêncio por um bom tempo. Já irritado por uma ligação idiota que me fez levantar do meu sofá em plena parte mais emocionante do meu filme desconhecido, decido falar.
— Se for falar dos sete dias, diz logo, não estou com muita coisa a perder. — solto uma risada sincera pela minha própria piada. Assim que penso em afastar o telefone do rosto e voltar para o sofá, uma voz ecoa do outro lado da linha.
— Sete dias? — uma risada sarcástica soa friamente. — Eu não entendo esse tipo de piadas, Park Jimin. Isso era para soar engraçado? — aquela voz rouca torna a falar, me deixando totalmente arrepiado.
