''Filhinha de papai''

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Depois daquele idiota esbarrar em mim, fui para a biblioteca da escola, não aguento mais me chamarem de filhinha de papai

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Depois daquele idiota esbarrar em mim, fui para a biblioteca da escola, não aguento mais me chamarem de filhinha de papai. Ninguém sabe minha relação com ele, as vezes tenho uma certa vontade de sumir, sou julgada por todos, mas ninguém sabe o que realmente se passa no meu interior.

Com doze anos já conheci o lado mais amargo da vida. Depois que descobrimos que minha mãe estava com um tumor no cérebro, não podíamos fazer mais nada, pois ela já sabia de tudo, mas não queria dar a noticia para ninguém, não queria que ninguém sofresse por ela, mas isso fez com que o câncer se agravasse e então ela foi morrendo aos poucos. Meu pai sempre me culpa sobre a morte dela, por que sempre fomos amigas e ele acha que eu sabia de tudo e não queria contar para ele. Ela morreu há dois anos, e depois de alguns meses, lá estava ele com outra substituindo-a.

Pensei nisso tudo enquanto estava na biblioteca, sentada na mesa foleando um livro de química. Até que meus pensamentos foram interrompidos com o sinal batendo. Peguei a minha bolsa e segui rumo a minha casa. 

No caminho vi uma loja de livros e fui ver se tinha algum interessante, e achei um de romance de época. Passei um tempo passeando na loja e não achei nenhum outro livro que me chamasse atenção e então passei o livro no cartão e fui a caminho de casa, olhei no celular vi que já estava muito tarde e apresei o passo. Quando já avistava minha casa vi que tinha uma pessoa parada na frente da porta, devido o fato de estar um pouco longe não vi quem era, mas quando fui me aproximando vi que era meu pai com uma cara de poucos amigos

- Oi pai! - Falei meio receosa - O que houve?

- Onde estava Melinda? - Falou com uma voz horrenda - A Jay me disse que viu você de amasso com um garoto, como me explica isso?

- Não é nada disso pai...- Ele me interrompeu, puxando-me pelo braço e me levando até o quarto.

- Já disse para não mentir, sua vadia. - disse dando um tapa na minha cara.

- Pai para!- Falei soluçando.

Só o que pude ouvir naquele momento foi uma risada de fundo da Jay, minha madrasta.

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