O dia em que tudo mudou

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Yohan

Eu acordei com a droga do celular alarmando, levantei e fiz minhas higienes, molhei o rosto, levantei a cabeça, olhei para o espelho e vi um cara totalmente acabado. Enquanto me olhava, a única coisa que passava pela minha cabeça era que a minha vida é uma merda, perdi meu pai e minha mãe, eu definitivamente não tenho mais expectativas sobre a minha vida.

Meus pensamentos foram interrompidos com o Scoot entrando na minha casa. Ele veio até o banheiro por que sabia que eu estaria aqui, e disse:

- Cara, tem certeza que quer ir pra escola hoje? Você sabe que não precisa. - Eu sabia que não precisava ir por tão cedo.

- A única coisa que quero é esquecer um pouco dos meus problemas! - Eu sei que é impossível, mas sempre tento enganar meu subconsciente e sei que isso é uma tentativa falha - Saca?

- Então vamos, já esta na hora. - Ele falou fazendo uma careta, acho que ele que não queria ir para a escola, esperto!

Quando entramos na escola senti vários olhares de pena sobre mim, aqueles olhares me revoltaram, pessoas que nem sabiam da minha existência estavam sentindo uma falsa pena. Fui direto para a sala e vi que não tinha ninguém lá, tinha esquecido que a primeira aula hoje é de educação física - droga - todos estavam na quadra. Chegando lá eu só sentei e coloquei meu fone de ouvido, até sentir uma presença do meu lado, vi que era o Andrew.

- Ei cara, fiquei sabendo sobre o que aconteceu com a sua mãe - Raiva dessa cara de pena - Queria dar meus pêsames.

- Não cara, de boa.

- Você precisa tirar essas noia da cabeça. Vamos pra uma festa hoje, vai ter uma festa vip no meu condomínio, você entra como meu convidado, tenho passe livre lá.

- Ah cara não sei não, tô muito mal.

- Ah Yohan deixa de ser mole! É só uma festa, para tirar essa tensão.

- Tá mano, tanto faz.

Depois da aula, fui para casa e passei o resto do dia dormindo. Quando deu umas 20h00 eu levantei e fui me arrumar pra festa, vesti uma blusa cinza, uma jaqueta de couro preta, uma calça preta e um all star.

Já na festa quando cheguei, vi o Andrew vindo na minha direção.

- Ei cara, que bom você veio! - Ele disse gritando por causa da música alta.

- Poxa mano, o som está muito alto, não estou te ouvindo!

Andrew me puxou pelo braço e me levou para um lugar que tinha menos gente.

- Cara, você realmente quer relaxar?

- O que você está querendo dizer com isso? - Já estava começando a entender o que ele queria.

- Quer provar um bagulho bom?

Nessa hora eu entendi muito bem o que ele quis dizer, ele saiu de onde estávamos e um tempo depois voltou com negócio na mão.

- Que isso cara?- Eu sabia o que era, só me fiz de otário.

- Para de ser trouxa! E ai, vai querer provar? Esse é dos bons.

Mano, minha vida já está uma merda, acho que daqui não pode mais piorar. Sempre tentei ser um bom filho, mas agora nem mãe eu tenho mais então, que se dane o mundo!

A única coisa que pude ouvir era uma música que falava exatamente o que eu sentia.

Eu simplesmente peguei o bagulho da mão dele e traguei. Naquele momento a única coisa que senti foi uma pressão muito forte na cabeça, aquilo fez com que eu sentisse uma sensação muito boa. Por um instante eu esqueci o mundo em minha volta, era só eu e eu mesmo.



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