Minha morte.

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Não sei quando começou.

Sei que tem haver com a falta de amor.

Sinto falta de ar,

Porém continuo a fumar,

Minha intenção é me matar,

(Digo matar o que sobrou de mim.)

Me entupo de remédio, depois me debruço pra vomitar.

Sinto a garganta fechar,
meu peito diminuir.

O sangue continua a fluir,
sinto a pele queimar.

Gosto,

penso eu.

Gosto de me destruir.

Virou o único jeito de continuar a seguir.

Minha visão embaça,

Ameaça me fazer tropeçar,

Minha alma embriagada me impede de pensar.

O álcool rasga minha garganta.

As pessoas me arrancam toda vontade que tenho de viver.

Eu sei que um dia, mais cedo do que o esperado,

vou morrer.

AngústiaOnde histórias criam vida. Descubra agora