Posso sentir os olhares.
Estão me encarando
Rindo de mim.
Rasgam minha carne
E mutilam meus membros.
Pesadelos horríveis
Impendem que me desprenda
Das dores agudas que me torturam a mente.
Sou uma marionete
Que dança em meio as chamas.
As cordas são guiadas
Por mãos insanas.
Lá vou eu dançando
Em direção ao escuro âmago.
Não posso me deter.
Pois os fios do destino
Me arrastaram para o escuro abismo
Me vejo num poço
Cercado por rochas.
Pedras frias e ardilosas
Tento me agarrar a uma corda
Mas sou puxado por cobras.
Sou empurrado ao medo
Sinto meu peito pulsar
Dor e ardência
Faz minha alma sangrar.
Tento lutar.
Espectros risonhos
Se preparam para matar.
Com suas palavras e insinuações.
O meu coração querem arrancar.
Defendo-me ferozmente
Um raio de esperança surge em minha direção.
Agarro-me a ele
E por fim, sinto a ferroada da apunhalada.
Me viro com dificuldade.
Encaro meu carrasco
Mãos negras sujas de sangue
E um par de olhos com um sorriso macabro.
Destino encapuzado
Estranhamente familiar
Com seu sinistro sorriso
Ele se põe a me encarar.
Em sua face, um filete de lágrimas vermelhas sangue
Marcam a certeza de quem pertence aquele olhar.
Suspiro em agonia
Deixando a dor me dominar
O raio de esperança ainda continua lá,
Mas os espectros se encarregam de me devorar.
Mais uma sombra esquecida e abandonada irei me tornar
À espera de mais um tolo para saciar
Meu desejo de amar.
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Chuva de Palavras II
PoetryEstou de volta com a segunda parte do Chuva de Palavras. Na mesma pegada que o primeiro Chuva de Palavras, aqui você vai encontrar muita poesia, pensamentos e reflexões sobre a vida e fatos cotidianos. Sinta-se em casa em cada palavra, e aprecie a C...