Seis de Setembro

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É noite. Lá fora a Chuva cai. Frio.

Aqui dentro a música desencadeia,

Uma série de pensamentos. Isso lhe incendeia.

Atiço com álcool.

Você nem pestaneja.

Sabemos o que virá,

É o que deseja.


Vamos sem cerimônia,

Começo por aumentar o som,

Você já sem seu moletom,

Deixa a mostra,

Os nus e brancos ombros

Sugerindo a finalização desse nosso encontro.


Não me demoro, e em seus lábios já grudo os meus.

Suas mãos já tiram-me a camisa,

Meus dedos descem por sua virilha.

Me afasta por breve instante,

De teus lábios,

Beija-me o pescoço, o peito, o abdome.

Libera minha fivela, já abrindo o zíper,

Mais um beijo e me sinto em Êxtase.


Deixa-me sem saída,

Te puxo pra cima olho fundo no oceano dos teus olhos.

Nenhuma palavra, mas milhões de suplicas.

Seus desejos são meus, assim como os meus são seus.

Carrego você em meus braços,

Levando-a ao nosso ninho.

Tiro sua calça sem demora.

Apenas o fio da calcinha rosa me encara, suas bochechas rosadas e seus lábios entreabertos,

Não resisto, tenho de beija-los.


Te desarmo novamente,

Tiro-lhe os suspiros mais profanos.

Sinto-te tremer, mas seu corpo é quente como o fogo.

Estamos em transe hipnótico prontos para devorar um ao outro,

Somos capazes de virar tudo de ponta cabeça apenas pelo vil prazer mútuo.

É o que fazemos, nesse dia tão sugestivo, que é o seis de setembro.

Chuva de Palavras IIOnde histórias criam vida. Descubra agora