A Missão

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Acordei bem cedo, fui ao banheiro me preparar, me olhei no espelho e fiquei pensando, qual seria o propósito de tudo isso? É complicado pra mim, parece que estou em um sonho. Vou ao closet e aperto no controle o botão "Armadura"  e abre uma porta dentro do closet, olho e logo vejo a minha armadura, tão futurística, cheia de tecnologia. Pego ela e já olho logo a instrução pra ver se tem algo que não sei. Aparentemente está tudo ok. Ouço bater na porta.
-Mark, vamos! Não podemos se atrasar.
Era a voz de Henry. Abro a porta pra ele.
-Você está pronto? Pergunta Henry.
-Quase, falta só uma coisa. Pego o capacete e coloco debaixo do braço.
-Pronto, vamos!
Seguimos para a garagem. Ao chegar tem uma mesa com algumas ferramentas e próximo delas uma pessoa de jaleco branco. Mabel já está lá e percebe a gente chegar.
-Demoraram! Mais um minuto e ia acabar com vocês.- Diz Mabel meio estressada.
Em seguida vejo a diretora chegando.
-Bom dia recrutas, hoje a missão será agropecuária, vocês levarão algumas plantas pra plantar sob a direção do nosso cientista Charles, ele vai ficar em comunicação com vocês daqui do lado de dentro, temos algumas escutas aqui e vocês deverão levar, também micro câmeras para ele poder dar as ordens, estaremos o tempo inteiro em contato, agora ele passará algumas instruções.
-Obrigada diretora Stevens. Bom aqui estão as plantações, eu os guiarei até ao local de origem, vocês levarão também algumas coisas a mais caso encontre algo diferente, vou pedir também que não percam o foco, parece simples mas ainda não conhecemos esse lugar 100% então exijo que levem algumas armas, já o uso do seu capacete é só por precaução mas se quiserem tirar, fica a seu critério, espero que tenham compreendido.
-Ok! Vamos pra porta de saída. Diz a diretora nos guiando.
Estamos em frente ao portão, a diretora vai em direção ao comando para abrir, colocamos nossos capacetes. Estou um pouco ansioso, estou em outro planeta e não sei o que esperar. O portão se abre e logo saímos. Vejo a claridade no céu e já penso, seria o mesmo sol que o nosso? Não sei a distância de Adam para o Planeta Terra. Olho vejo algumas plantas no chão, matos, ainda me sinto em casa, olho para o horizonte e vejo aquela paisagem árida, imagino que esteja bem quente, paro de andar, apenas observo e espero os comandos.
- Na escuta recrutas!
-Sim senhor. Respondemos juntos.
- Quero que deêm a volta na base, vocês não irão ao deserto, prossigam.
Recebemos o comando, não consigo ver os rostos de Henry e Mabel por causa do capacete mas com certeza é de felicidade, é sua primeira missão do setor 2.
Ao dar a volta na base tinha uma floresta mas com poucas árvores.
- Pronto chegaram, agora sigam em direção reta da posição que estão. - Diz Charles passando o comando.
Eu estava na frente com a arma apontada, sem baixar a guarda, Mabel estava no meio, bem atrás de mim com as plantas e lá atrás Henry. Subimos um barranco e continuamos seguir as orientações.
-Parem aí! Chegaram ao seu lugar de origem! Comecem a plantar, qualquer dúvida, me comuniquem! -Diz Charles.
-Entendido!- Diz Mabel colocando as plantas no chão e começando a tirar as ferramentas da bolsa.
Eu e Henry ficamos de guarda enquanto Mabel cava para plantar as plantas. Meio sufocado resolvo tirar o capacete, preciso respirar ar puro.
- Ufa! Amo sentir essa brisa.
Henry me olha e resolve tirar o capacete também.
-Me sinto na Terra. - Diz Henry.
-Há quanto tempo vocês estão aqui? -Pergunto.
-Eu estou há 7 meses. -Responde Henry.
Olho pra Mabel esperando a resposta também. Ela resolve sentar no chão e tira o capacete.
-Eu já perdi a conta de quanto tempo estou aqui. Diz Mabel com o semblante triste.
-Então você está há bastante tempo aqui não é? Então por que ainda não subiu de setor?
Henry me olha fazendo uma cara de assustando e fazendo sinal com a mão dizendo não.
-Eu já subi de setor. Diz Mabel
-E por que estava no setor 1 quando cheguei?
Henry me olha mais desesperado ainda acenando pra eu calar a boca. Mabel se levanta e fica bem na minha frente me olhando e responde.
-Eu matei um soldado.
Eu fico assustado e começo a rir de nervoso.
-Mas por que você matou?
Mabel se retira e senta de novo no chão e volta a fazer seu dever e logo responde:
-Não é da sua conta, já falei o suficiente.
Henry se retira e continua subindo o barranco no meio de algumas árvores.
-Ei aonde você vai?- Pergunto.
-Eu estou um pouco apertado, já volto.
Permaneço de guarda.
-E você, tem família? -Pergunta Mabel.
- Sim, na verdade só tenho minha mãe.
-E o que houve com seu pai?
-Ele morreu.
-Meus pêsames!
Paro e fico pensando quieto.
-Eu tinha 17 anos, quando ele teve uma parada cardíaca, e não resistiu. Tudo o que sei hoje é por causa dele.
-E lá na Terra você tinha namorada? Pergunta Mabel tentando mudar de assunto.
-Não! Na verdade eu tinha quando meu pai era vivo, depois que ele morreu, entrei em depressão e terminei com ela, e não quis mais fazer nada, só terminei meus estudos, mas não cursei nenhuma faculdade ou tentei trabalhar.
-Então você era um tremendo vagabundo.
Sorrio e apenas concordo com a cabeça.
-É complicado! Mas hoje sou importante, estou em outro planeta.
-Haha verdade!
De repente Henry desce correndo desesperado e gritando.
-Gente, gente, eu acho que descobri uma coisa.
-Calma. -Seguro ele.
-O que você viu? -Pergunta Mabel.
-Tem uma base igual a nossa ali do outro lado mas com muitos soldados na frente.
-Ah então não é nada - Digo.
-A gente não tem outra base - Diz Mabel assustada, e logo já tenta comunicar Charles.
-Oi, Charles, atenção, tenho um comunicado.
-Estou na escuta, o que houve?
-É possível termos uma segunda base?
-Só um momento, vou comunicar a sra. Stevens.
-Eu não sei, mas to sentindo coisa ruim nisso, vamos subir e ver o que é. -Diz Mabel muito preocupada.
Subimos e Henry nos guia até o local.
-Preciso que se abaixem aqui e vão bem devagar. -Diz Henry pegando o binóculo.
Ficamos deitado e começamos a observar, a base é bem grande, parece até que está preparada pra guerra com aparentemente bombas ao lado e muitos soldados com uniforme branco e armados ao redor.
-Alô, Estão na escuta, é a diretora Sara.
-Oi sra. Stevens, estamos na escuta. Responde Mabel.
-Mabel me diz o que vocês veêm?
-Um base igual a nossa mas com bombas e muitos soldados, mas um pouco longe da nossa. Não sei dizer a distância, mas é longe.
-Eu vou entrar em contato com o governo, preciso que saiam daí agora.
-Entendido.
Mabel se levanta e põe o capacete.
-Você vai mesmo embora? Pergunto.
-São as ordens!
-Estamos com a chance de descobrir o que é e poder subir até de setor, não é isso que querem? - Olho pro Henry.
Henry apenas concorda, Mabel fica pensativa.
-Não temos o que é necessário aqui e nem ordens, não podemos ficar.
- Qual é Mabel? Vamos - Diz Henry.
- A gente pode ficar encrencados, não sabemos o nível da situação. Diz Mabel.
- É vocês não sabem mesmo - Diz uma voz estranha.
Mabel vira e era 5 soldados dessa base com as armas apontadas pra gente.
- Larguem as armas.

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