Capítulo 2: É Possível Amar a Primeira Vista?❣

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Nos últimos anos longe de Nubia minha vida começava a mudar. Conheci pessoas novas e fiz novas amizades. Eu tinha caído em uma classe diferente, com rostinhos novos e prestes a ser descobertos. Tudo lá era novidade, as pessoas pareciam se conhecer a séculos, o que me fez ficar mais na minha e espera o tempo possível para se adaptar com o ambiente.
Eu estava sentada na última carteira do canto esquerdo da sala, quando um menino de capuz entrou atrasado na aula. Quando ele se sentou do meu lado com apenas uma carteira nos separando ouvi reclamações saindo de sua boca.

--Que raiva, eu havia dito que ia me atrasar, mas como sempre não me deram ouvido... Que droga! Atrasado no primeiro dia de aula-- dizia ele tirando o capuz.

Depois das reclamações me virei para ver seu rosto e no mesmo instante ele fez o mesmo, se virando para mim e fazendo nossos olhos se encontrarem. Comecei a observa-lo. Seus olhos castanhos escuros brilhavam como a noite de um luar, seus cabelos lisos, castanho escuro com mechas claras era sedoso combinava com seu tom de pele clara e delicada. Sua boca rosada era como um mar de rosas deslumbrante. Seu corpo era como de um celeste mensageiro alado, com curvas e perfeições desejáveis e malhado. Olhei para suas feições novamente: nariz afilado, as bochechas salientes, os lábios carnudos e os olhos amendoados e brilhantes. No dedo anelar, ele usava um anel com o símbolo da estrela de cinco pontas, sua calça jeans escura mostrava totalmente o formato do seu quadril, assim que tirou a blusa eu pude ver seus músculos que saltavam de sua camisa de algodão puro. Peitoral e a barriga tanquinho definidos.
Meu coração disparou ao velo me encarar com desejo. Senti um leve calafrio e um enorme desconforto. Era como se todas as magoas e feridas causada pela separação de mim e minha melhor amiga havia sido totalmente selada com um simples olhar.
Depois de tempo encarando me senti meio tremula, me virei para o quadro tentando me recompor. Sim, eu estava encantada com aquele garoto. A professora começou a fazer a chamada e foi quando soube seu nome. Deivid Miguel. Ao responder a chamada pude ouvir sua voz alta e clara. Era como a voz de um garoto de rodeio, grossa e ao mesmo tempo suave e gostosa de ouvir.
Me senti recomposta.

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