Capítulo 11 - Wesley

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Músicas que ouvi para escrever: Burn da Ellie Goulding e Let it go da Demi Lovato.

Não tinha boleia para casa.

Estava por minha conta. Sozinha e sem boleia.

Boa Isabelle!

Começei a encaminhar-me para a estrada. Teria de ir a pé se ainda me recordasse do caminho.

Retirei os saltos altos dos meus pés, para estes ficarem mais relaxados e sem a pressão do sapato. Sentia-me bem ao estar com os pés descalços em plena estrada, era uma sensação sem dúvida libertadora.

Ainda conseguia ouvir a música de fundo da casa. Mas ao afastar-me o volume da música parecia diminuir cada vez mais. Ouvia gritos de raparigas que passavam por mim completamente bêbadas, em direção à casa.

- ISA ESPERA! - ouvi alguém chamar-me.

Eu sabia quem era e continuei a andar não me importando nem virando a cabeça.

- ISA PORRA ESPERA! - a voz começava a aproximar-se e eu acelarava o meu passo, tentando manter um ritmo apressado. 

Umas mãos apanharam-me os braços e forçaram-se a encará-lo.

Olhos verdes, caracóis castanhos e alguém atrás dele. O Louis.

Estavam ambos suados e ofegantes. Não se via ninguém na rua e isso preocupava-me. Olhei à minha volta à procura de alguém que me pudesse ajudar.

- Porra Isa para! Deixa-me falar - Não o encarei mais focando a minha atenção numa das árvores do bairro. Foquei-me em todos os seus pormenores. A sua cor, o seu tamanho, a sua colocação perfeita na árvore e a maneira como todas elas dispostas eram belas.

- Estás-me a ignorar? - perguntou roucamente e a tremer o Harry.

Continuei a olhar em frente decidida a não falar. Não iria desistir.

- Fogo que criança - ouvi o Louis murmurar.

A raiva que sentia por ele crescia cada vez mais. Larguei furiosamente o meu pulso da mão firme do Harry e fechando os meus dedos fui em direção do Louis e sem pensar mandei-lhe um pontapé entre as pernas.

- Criança és tu meu idiota! Não me falem novamente, vocês são uns porcos - olhei para o Harry que esta incrédulo a presenciar ao que eu acabara de fazer e disse - Eu pensava que eras diferente, és igual a ele. Só queres sexo.

Virei as minhas costas para estes e continuei a andar.

Era impossível confiar em pessoas que desoludiam cada vez mais, eu não aguentava tantos homens desfuncionais na miinha vida.

Por uma vez gostava de encontrar alguém constante que fizesse de tudo para ganhar a minha confiança.

Ouvi os passos incessantes do Harry atrás de mim. 

- Por favor Isa...Isabelle, não me faças isso... - ouvia-o a fungar. Decidi não olhar para trás senão iria-me arrepender e sabia que o meu coração fraco sucumbiria aos seus encantos.

- Belle, o Harry não é assim, dá-lhe uma oportunidade de falar mesmo que não me suportes - ouvi outra voz, rouca mas com muita emoção contida.

- Não, já vi o que precisava de saber - disse fechando os meus punhos e deixando pequenas lágrima rolarem pelos meus olhos. A minha cabeça explodia, dores atacavam-me.

O vento começava a ficar mais forte e as folhas esvoaçavam pela estrada alcatroada. 

- Isabelle precisas de boleia? - ouvi outra voz. Olhei em volta e vi o Wesley numa carrinha preta com o seu cabelo a tapar-lhe metade dos olhos.

Um "não" e um "desaparece" fizeram-se soar da boca dos rapazes que me seguiam pela calçada. As suas faces demonstravam muita raiva.

- Claro, era mesmo de uma boleia que eu precisava - disse lançando-lhe um pequeno sorriso. Dirigi-me ao veículo e olhei uma vez para os dois rapazes incrédulos na calçada antes de entrar no banco do passageiro.

Um aroma a baunilha assaltou-me o nariz e reparei que este provinha do Wesley e que este me olhava e sorria genuinamente.

- Obrigada Wes, precisava mesmo, desculpa se estou a incomodar - este abanou a cabeça e sorriu-me.

- Não tens de agradeçer, reparei que estavas a precisar depois de teres saído a correr da festa. Nem chegaste a dançar mais uma vez comigo, pensavas que te safavas tão facilmente de mim? - disse piscando-me o olho. Nesse momento soltei uma sonora gargalhada.

- Desculpa, desculpa pensava que tinha saído sem tu me veres. Ups, parece que não consegui fugir. Riu-se da minha resposta e depois perguntou-me para onde eu pretendia ir e eu respondi-lhe indicado o caminho dos dormitórios. Foi o caminho todo a tentar fazer anedotas e quando falhava e não tinha piada eu colocava dramaticamente a minha mão na testa e abanava a cabeça rindo-me da sua expressão de incredulidade por não ter percebido a piada.

Chegamos às portas dos dormitórios e ele fez questão de me acompanhar lá cima, afirmando que eu me podia perder, que estava muito escuro. Dizia isto com uma expressão séria mas querendo rir-se. Caminhamos em silêncio, um silêncio confortáqvel. Avistei a porta do meu dormitório e virei-me para o Wes.

Tinha que lhe agradecer por me ter distraído e divertido tanto em tão pouco tempo.

- Obrigada Wes, não sei como conseguiste mas divertiste-me sem dúvida - dei-lhe um beijo na bochecha fazendo-o corar.

- Não tens de agradecer, quando sorris toda a tua cara se ilumina, és completamente diferente e mostras o teu verdadeiro eu - disse aproximando-se de mim e abraçando-me apanhando-me de surpresa. Afastou-se e olhou-me - se precisares de alguma coisa grita que venho a correr Isa e tem cuidado com os pedófilos - piscou-me o olho e afastou-se.

A festa pode ter corrido horrivelmente mal mas a minha chegada a casa valeu a pena.

O Wesley era sem dúvida um querido.

Olá meus amores!! Sim eu sei que este capítulo não é grande coisa mas para o próximo conhecerão um pouco mais do Louis. Espero que tenham gostado.

De que equi

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Soul DancerOnde histórias criam vida. Descubra agora