Quando me viu, os seus olhos aumentaram tentando perceber se era mesmo eu. Os olhos vermelhos dele com lágrimas que lhe cobriam a face olhavam-me espantadamente.
- Belle? Isabelle? - disse roucamente e sem voz.
- Louis que fazes aqui? - disse ignorando o vento que soprava e fazia o meu corpo tremer. Fios de cabelo colocavam-se na frente do seu rosto impossibilitando-me de ver a sua face.- Natalie és tu...não a Belle, tu! - aproximou-se de mim olhando-me fixamente.
Os seus olhos azuis estão mais claros que o habitual e possuiam uma certa vermelhidão indicando que estivera a chorar. Apesar de o odiar mais do que nunca não conseguia deixar de sentir um certo incómodo quando o via assim, tão desolado.
Pena? Simpatia? Não tenho palavras para definir tal sentimento e a única coisa à qual tenho a certeza é que não que não queria que ficasse assim. Mas mesmo sentindo todos estes sentimentos, confusão tomava conta de mim. Natalie? Porque raios me chama ele Natalie?
O ambiente sombrio do cemitério tornava ainda maior a minha vontade de fugir daqui para bem longe.
Colocando ambas as mãos em cada lado da minha cara o Louis aproximou-se. Não perto demais, não longe demais, mas sim, a uma distância consideravelmente aceitável.
- Natalie, tu voltaste! Por favor não vás mais, por favor não voltes a fazer o que fizeste...sabes, eu tenho saudades tuas - disse começando a chorar à minha frente, sem vergonhas do que eu pudesse pensar. Ou, a Natalie.
As suas mãos apertavam as minhas bochechas como quem quisesse ter a certeza que não iria a lado nenhum, que eu não desaparecia.
- Mas Louis sou eu a Isabelle. Louis não sou a Natalie - disse tentando formar um pequeno sorriso, mas a tentativa fora em vão porque de momento estava preocupada com o que estava a acontecer com o Louis. As lágrimas continuavam a cair pela sua face, lágrimas que em nada eram falsas, e a sua expressão transparecia dor e perda.
- Minha bela Natalie, pareceste-te tanto com alguém que conheço, em todos os aspetos. Eu sei que me vais voltar a abandonar Natalie, eu não quero. Perdoa-me pelo o que te fiz, perdoa-me por ter sido tão estúpido, culpo-me todos os dias pelo que aconteceu connosco! Deixa-me despedir-me - acariciou-me a maçã do rosto e aproximou-se de mim. As suas mãos soltaram a minha cara e rodearam a minha cintura, estando as suas mãos colocadas não no meu rabo, mas no fundo das minhas costas, seguras e firmes. Tinha parado de chorar e olhava-me tão intensamente que me dava vontade de quebrar a troca de olhares, Por mais que me tentasse mexer mais presa ficava pois a suas firmes mãos faziam questão que eu permanecesse quieta.
Aproximou-nos, juntando os nossos corpos.
Senti então uma súbita onde de calor a tocar todas as partes do meu corpo. Febre, o Louis estava a arder em febre. Por isso reagia desta forma, estava a alucinar.
A sua testa encostou-se à minha e um suspiro soltou-se da minha boca.
- Louis pára, por favor, eu não sou a Natalie - a minha voz perdia a sua força e sentia-me tão inferior comparando à força do Louis.
- Um último beijo meu amor, é tudo o que eu te peço, não me abandones agora por favor, peço-te perdão - disse contendo tanto amor e dedicação no seu olhar, nos seus olhos azuis
- Mas eu perdoo-te Louis, agora por favor deixa-me ir - disse tentando mais uma vez escapar em vão dos seus braços. Nesse momento fechou qualquer espaço entre nós tocando levemente os seus lábios nos meus, não puxando mais qualquer tipo de beijo. Permaneceu assim quieto tocando com os seus lábios nos meus, por meros segundos antes de elevar uma das suas mãos e colocando-a entre o meu cabelo, beijando-me ternuramente.
Nesse momento lembrei-me do meu sonho, lembrei-me do que sonhara com o Louis e todos aqueles sentimentos de raiva misturaram-se com desejo e permiti assim o beijo do Louis, para deixar a sua mente livre de qualquer remorso em relação à Natalie.
O beijo foi prelongado e por mais que tentasse escapar, os seus lábios sempre encontravam os meus e uma sensação arrepiante percorreu todo o meu corpo, percorreu-me e invadiu todos os meus pensamentos, tornando-os mais fracos e incoerentes. Coloquei as minhas mãos no seu peito e amassei o tecido entre os meus dedos puxando-o mais para mim, deixando os meus dedos escorregar e percorrer os seus abdominais.
Nesse momento percebi que isto era errado. Apanhando um momento de fraqueza e distração do Louis puxei-o separando assim os nosso corpos. Senti uma brisa fresca logo que nos separamos e ansiava por calor novamente.
- Eu não sou a Natalie, eu sou a Isabelle. Não sei quem pensas que sou mas sou completamente o contrário daquilo que estás a tentar retratar - disse olhando para o chão, não querendo encará-lo.
Longos minutos de silêncio se seguiram e pensei que o Louis tivesse percebido o erro que ambos cometeramos e tenha finalmente ido embora. Virando-me em direção à saída do cemitério, senti uma mão a pegar a minha, mas não fazendo força para me virar, apenas ficando ali a segurar-me.
- Ma belle - disse fazendo círculos na palma da minha mão.
HELLO BABES! Então que acham?
Muito mistério :) Obrigada por todo os comentários, gostava que todos que lessem dessem a sua opinião porque às vezes fico sem saber se gostaram ou não :)
JÁ SABEM QUANTO MAIS VOTOS E COMENTÁRIOS TIVER MAIS RÁPIDO É A ATUALIZAÇÃO, ADORO-VOS MILHÕES
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Soul Dancer
FanfictionJá me disseram que estar apaixonada é uma maldição, que nos enfraquece e nos impede de tomar decisões para o nosso bem. Eu acredito que não quero ter tal experiência. Não sou como aquelas adolescentes impulsivas que se apaixonam por qualquer par de...