Mês Um

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- Esta sendo tão difícil sem você aqui comigo – respirou fundo – Não tive a coragem para vim aqui lhe visitar.

Lágrimas escorriam pelo rosto de Joelma, lágrimas que permitiu cair, lágrimas para tentar levar a saudade a cada gota que saia de seus olhos.

- Todas as manhãs acordo e sempre me esqueço de que você se foi, e tão difícil ver as nossas fotos, todos os momento felizes, todas as histórias que criamos –Joelma passou a mão em seu rosto para limpar as lágrimas - Nossos planos – ela se sentou no túmulo de seu noivo e encarou seu nome, sua foto - vou sentir falta do seu sorriso largo, seus olhos cheios de vida com um castanho quase preto, sua pele negra que se contrastava com a minha, de passar a mão em seus cabelos, da sua voz rouca toda vez que você acordava, das suas piadas – nesse momento ela deu um meio sorriso que resultou em mais lagrimas, – não acredito que sinto falta até das suas piadas... Mas é isso que a saudade faz, não é? – suspirou e passou a mão na foto. – mas a saudade e um fardo coletivo, outras pessoas também carregam o fardo da saudade que você nos deixou. E... E ainda nos deixa.

Joelma olhou para o seu celular e lá estava uma foto dos dois, quando ele a pediu em casamento os olhos deles brilhavam e ela estava chorando de felicidade. 18h30min. Ela viu no relógio, ela perdera a hora, e já sentia o frio que a noite trazia, e ficou lá pensando em como a vida seria se ele estivesse com ela. Provavelmente estariam assistindo a algum filme, ou na casa de seus pais, visitando alguns amigos, ou simplesmente deitados na casa no aconchego do abraço um do outro.

Joelma olhou no relógio já estava dando quase sete e meia, como o tempo pode passar assim tão rápido? Ela pensou.

- Ainda não estou pronta para lhe dizer adeus - ela se levantou – irei voltar aqui, irei lhe visitar, irei lhe contar tudo o que estiver acontecendo, mesmo se você estiver no Além-túmulo, por mais que você possa estar nos observando, eu irei vim lhe contar. Ate logo meu amor.

Ela saiu em direção à entrada e às vezes olhava para trás, esperando ver algo.



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