Mês Três

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- O que a psicóloga disse a você?

- "Você está melhorando" – Joelma disse a sua amiga que fora ao túmulo de seu amado João.

- Que bom amiga – Jaqueline disse – lembre-se todos nos sofremos com a perda.

Joelma confirmou com a cabeça

- Jack... E

- Já sei – Jaqueline a interrompeu – Irei esta esperando no carro.

Dito isso Jaqueline começou a andar em direção à saída do cemitério.

- Gostaria muito que o que a psicóloga falara fosse verdade – depois de um longo momento Joelma falou – queria. – queria, havia tantas coisas que ela queria, ela queria que João ainda estivesse vivo, queria e queria.

Quando ela recebera a noticia que seu amado havia falecido foi um choque um tremendo. Ela se lembra de ter achado que era mentira, mas com o choque ela desmaiara, depois de um tempo ela acordara em uma cama de hospital, o bipe da maquina medindo os batimentos do seu coração. Quando ela olhou para a cadeira lá estava a sua mãe, foi quando ela começou a se lembrar, que o seu amor, seu primeiro amor havia morrido, o bipe da maquina foi ficando cada vez mais frequentemente, e foi quando a sua mãe a olhou, Joelma levantou os braços em direção à mãe e soluçava, sua mãe correu em sua direção e a abraçou, deu o abraço mais apertado que já havia dado e ambas choraram.

- Ele esta bem – sua mãe dissera depois de um longo tempo de abraço.

- Desculpe? – por um momento Joelma pensou que estava falando de João, mas quando a sua mãe olhou para a sua barriga ela percebeu do que se tratava– Eu iria contar para ele assim que chegasse da viagem.

Uma enfermeira entrou e deu um comprimido para Joelma, e ela o tomou sem ao menos perguntar.

- Minha menina, não se preocupe eu ajudarei a cria-los – falou a mãe.

- Tenho que lhe contar uma coisa – Joelma disse enquanto sentava no túmulo – Eu estou grávida.

Ela esperou um momento para continuar.

- Estou gravida de quatro meses, eu iria contar a você quando chegasse da viagem, eu tinha preparado tudo para poder contar a você, mas a outra noticia bateu em minha porta, á noticia da sua morte. – ela ficou lá parada em silêncio e ate as lagrimas vieram.

- E é um casal!


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