POV Sephwine
Está quase na hora. Dei boas risadas com a minha incrível família, espero voltar em breve para eles. Perdi-me olhando para janela vendo a casa do outro lado da rua, lembrei-me que não falei com a minha tia, ela sempre me tratou com muito carinho, mas não quero vê-lo, não posso vê-lo novamente, muito menos agora.
-Não irá falar com eles? – papai me perguntou logo atrás de mim colocando sua mão sobre meu ombro.
-Acho melhor não... Ainda me machuca o que aconteceu... Não consigo entender... Ás vezes fico ouvindo o que falam dele pela escola e percebo que ele não é mais o mesmo garoto de antes.
-Entendo... Espero que algum dia vocês dois façam as pazes e que ele melhore sua atitude, também ouço alguma coisas sobre ele por ai, e a mãe dele fica sem saber o que fazer.
-Imagino a angustia dela... – sorrio fraco para ele, antes dele dar umas batidinhas no meu ombro. – Já está na hora?
-Sim, já está.
Levanto-me e me despeço de todos falando que irei dormir cedo para acordar bem disposta para a viagem de amanhã. Coloquei algumas peças de roupa, alguns livros, a caneta que mamãe havia deixado para mim e meu diário. Estou vestindo uma calça jeans, uma blusa de manga comprida preta com uns pontinhos brancos no tronco imitando estrelas, uma pulseira marrom (meu amuleto da sorte, sempre uso quando vou partir para algum desafio) e um tênis all star preto cano alto, como acho que deu para perceber, amo roupa preta. Vou acompanhada de meu pai em direção à biblioteca, na carta mostrava todos os procedimentos, devo ficar trancada lá, sozinha, assim que der a hora serei mandada para o local. Dei um abraço apertado em meu pai e ele saiu, me deixando completamente sozinha lá.
Olhei para o relógio antigo da biblioteca, já eram dez horas e cinquenta e nove minutos, tenho medo... Sentei-me no meio da biblioteca onde havia um tipo de tapete imitando o mundo, puxei minhas pernas para mim e encostei a cabeça, pensando em tudo, minha família, amigos, a escola e as confusões. Por que estou pensando em amigos? Afinal não tenho nenhum, o termo mais correto seria antigos colegas. Como será os outros semideuses e o que eu tenho de diferente dos outros... Fechei meus olhos.
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-Senhorita, Sephwine? – ouvi uma voz me chamando, levantei a cabeça e vi um garotinho na minha frente.
-Ah, oi. Quem é você?
-Siga-me, por favor. – disse ele levando minha bagagem
Não estava mais em casa, parecia uma mansão gigantesca, estávamos em um corredor, com alguns quadros pelo caminho, até chegarmos de frente a uma porta, que lá em cima dela havia escrito “Sala de Reuniões, entrada somente para pessoal autorizado”. Ele abriu a porta e era um salão imenso com algumas pessoas sentadas numas cadeiras no meio do salão.
-Sente-se lá, por favor, senhorita. – disse o garoto.
-Muito obrigada. – disse sorrindo para ele, ele sorriu de volta e acenou com a cabeça.
Fui andando em direção as cadeiras e me sentei numa cadeira das fileiras do fundo. As pessoas que eu observei tinham basicamente a minha idade, mas resolvi ficar quieta, olhando para o alto, observando cada lugar dali, a arquitetura, as portas, as colunas, absolutamente tudo. Quando percebi, todas as carteiras haviam sido ocupadas, e a sala havia ficado escura. Até que abriram a porta novamente e surgiram várias pessoas, pelas suas vestimentas, eram eles, os deuses. Quem seria a minha mãe ali? Tinha muita gente para identificar. Os deuses se sentaram na nossa frente e ficaram nos observando por um tempo sem nos falar nada.
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A batalha dos semideuses
FanfictionE se, todos os deuses do Olimpo tivessem filhos semideuses? Assim que seus poderes ocultos despertassem, seria um verdadeiro caos sobre a Terra... para isso não ocorrer, medidas de segurança deverão ser tomadas, os deuses não poderiam permitir que i...