Tríade - A Relíquia dos Elementos

Prólogo.

Os três irmãos corriam apressados pela floresta escura no meio da noite, estavam fugindo dos guardiões, precisavam se esconder. Eles corriam e saltavam pelos galhos das árvores da floresta densa, tentando a todo custo se proteger dos sete elementos.

— Eles vão nos pegar! – Disse o do meio, ofegante enquanto fugiam.

Os outros dois apenas olharam, sabiam que era verdade.

— Não, eles não vão nos encontrar! Não nesse mundo. – Disse o mais velho com firmeza, sua função era proteger seus casulas a todo custo, e ele iria fazer isso.

Correram tanto que acabaram chegando a beira de um penhasco, quase caíram no abismo a sua frente. Atrás, não tão distante deles, ouvia-se as vozes dos guardiões, estavam muito próximos.

— Por favor nos salve! Sei que o que fizemos foi errado, abusamos dos nossos poderes, mas por favor nos salve! – O mais velho suplicou para todos os deuses em sua mente, eles estavam sem saída desta vez.

Nada, nenhuma resposta veio dos tão poderosos deuses que regiam a população. Os guardiões se aproximavam cada vez mais, o medo crescia e rondava os palpitantes corações dos três vampiros, não queriam morrer, mereciam, mas não queriam ser mortos. Olharam para todos os lados na esperança de haver ao menos uma simples caverna ou buraco para servir de esconderijo, mas não havia onde se esconder ou fugir, era o fim da linha.

— Precisamos pular, é o único meio de nos salvarmos. – O mais velho ordenou, ciente de que não era uma boa ideia, mas não havia outro modo.

Os dois irmãos olhando o mais velho concordaram relutantes. De mãos dadas e olhos fechados, os três saltaram no abismo escuro e sem fundo. Mas enquanto caíam, foram envolvidos por uma presença maligna que os teleportou para um lugar totalmente novo e peculiar, onde caíram de costas um por cima do outro no chão. Ao abrirem os olhos, viram um homem aparentemente velho sentado em um trono feito por caveiras, seus olhos eram de um vermelho vivo que lhes dava arrepios.

O chão era morno e havia vapor saindo de algumas fendas nele. O lugar tinha um ar aterrorizante, com colunas e paredes de pedra, como uma enorme caverna iluminada por una luz alaranjada, quase vermelha.

— Quem é você? E onde estamos? – O irmão do meio então tomou coragem em perguntar, se sentando ao chão com os outros.

— Eu estou morrendo, mas antes tenho algo a dar a vocês e um pedido a ser feito antes de minha morte. – Disse o homem cansado ainda sentado em seu trono.

Os três, que agora estavam de pé observaram o homem se levantando. Ele chegou perto deles, os fazendo sentir um cheiro de enxofre esvaindo dele, e sussurrou para apenas eles pudessem ouvir.

— A partir de agora vocês terão um pouco do meu poder. Usem–o para matar e trazer o caos, destrua os guardiões dos elementos, dominem o mundo e contem com as criaturas do inferno para ajudá-los. – Falou com a voz grossa demoníaca, os três arregalaram os olhos com o final da frase.

Uma onda de poder emanou do homem cansado e envolveu os três irmãos a sua frente, o medo se desfez dando lugar à sensação de êxtase que tamanho poder lhes proporcionou. Os vampiros agora estavam mais fortes, não tinham mais corpos humanóides, eram como espectros. Ali, naquele momento, morreram três jovens irmãos e nasceu a tríade, o trio do caos, os novos reis do inferno. E agora eles tinham uma grande missão: a destruição dos guardiões dos sete elementos.