Capítulo 9: Nós conhecemos as fadas etéreas.

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Henry:

Finalmente eu posso falar! Como sabemos, duas meninas despertaram seus poderes, Annie ganhou um par de asas, e Sophia destruiu um grande aquário no zoológico, ou seja, temos os elementos ar e água agora despertados, faltam... bem, bem faltam todos, se quisermos derrotar aquela tríade, precisamos dos sete elementos despertos o quanto antes.

Eu me levantei, os meninos estavam na sala do nosso dormitório sentado, olhando uns para os outros com cara de sono, eu me sentei e disse:

- Certo garotos, o negócio é o seguinte, precisamos despertar os nossos poderes também, até agora duas meninas despertaram os seus, e nós? Vamos ficar em desvantagem?

Victor olhou para mim com aqueles olhos azuis gélidos e disse:

- As meninas despertaram seus poderes pois estavam em situações de risco, você sugere que despertemos o nosso, nos colocando em risco?

Eu balancei a cabeça concordando, Victor respondeu:

- Henry, você é doido igual ao seu pai, para de ser apressado, e deixe as coisas fluírem do jeito que estão, além do mais eu estou tranquilo sem os meus poderes por enquanto, quero aproveitar a minha vida normal o quanto puder, depois sei que será impossível.

Eu fiquei revoltado, como assim meu primo de sangue, estava feliz por ser normal?! Aquilo era simplesmente inacreditável, eu tinha a chance de mudar a minha vida, e despertar meus poderes era algo que eu tinha que fazer para mudar minha vida de vez.

Me levantei, já que estava trocado para a aula, peguei uma blusa preta, fui em direção a porta, e antes de sair eu disse:

- Bem, se vocês não querem ter seus poderes despertos, eu quero, e farei isso sozinho.

Saí rumo ao refeitório, deixando três garotos sentados no sofá sem entender nada do que estava acontecendo.

Victor:

Sinceramente, aquele Henry está doidinho, não se pode despertar algo que ainda não está pronto, é algo fora do comum, não gosto de ficar brigado com meu primo, eu terminei de me trocar, e fui atrás dele, deixando Gabriel e Bruno terminando de se arrumar, como era sexta-feira e ainda era de manhã, eu sabia muito bem onde meu primo se encontraria, fui em direção ao refeitório, e lá estava ele sentado com as meninas, comendo tranquilamente, assim que cheguei com minha bandeja, disse:

- Henry podemos comer em outro lugar? Preciso falar com você.

Ele levantou o olhar para mim e se levantou com sua bandeja e saímos, deixando as meninas curiosas em querer saber o que estava rolando entre eu e meu primo, nós fomos andando, sem nenhuma palavra trocada, ele como sempre apressado perguntou:

- Onde vamos?

Eu o olhei e respondi:

- Acalme-se, você vai ver.

Ele respirou pesadamente, sabia que detestava ficar esperando por algo, viramos mais dois corredores e estávamos no hall dos heróis, nós nos sentamos em frente as estátuas de nossos pais, começamos a comer ali, e entre uma mordida no pão de queijo eu perguntei:

- Henry o que você vê?

Ele olhando para mim respondeu:

- Vejo nossos pais.

Eu sorri, e falei:

- O motivo de trazer você aqui, é justamente para que você entenda que nossos pais também passaram por isso, assim como nós estamos passando, seu pai pode ser doido, mas ele não é apressado, os dons dele, sejam qual for, se manifestaram de forma natural, não foi simplesmente do nada, talvez até tenha sido, mas aconteceu no tempo preciso, não na hora em que ele queria.

Tríade - A Relíquia dos ElementosOnde histórias criam vida. Descubra agora