As regras da amizade colorida

AS REGRAS

   Amizade, oque essa palavra significa? De acordo com o dicionário significa sentimento de grande afeição, simpatia, apreço entre pessoas ou entidades.

   Pra mim, olhando por esse significado, todas as amizades deveriam ser coloridas não? Se você tem tanta afeição por uma pessoa não vai querer dar prazer para ela quando ela mais estiver carente?

   Nossa, que mal educada eu fui, nem me apresentei. Bom meu nome e Anabela e eu tenho 17 anos, sou de aries, tenho 1,65 de altura e moro em Cleveland. Mais isso não e importante pra historia, apenas se lembrem do meu nome.

   Eu sou uma pessoa muito amigável, tenho vários amigos, e procuro sempre fazer mais. Minha melhor amiga se chama Raissa, e meu melhor amigo, se chama Vitor.

   Vitor e meu amigo dês de pequenos, eu nunca imaginei que estaria fazendo com ele oque estou fazendo agora, mas estou me precipitando, vamos pelo começo. A mãe dele e a minha são tipo, melhores amigas, engravidaram juntas, compraram roupinhas juntas, enfim deu pra entender, então nos dois sempre fomos como irmãos, bem, ate a alguns meses atrás.

   Adolescência, essa fase estressante e maravilhosa da vida, dizem para gente aproveitar porque não volta, bom eu pretendo aproveitar de todas as maneiras possíveis, já Vitor nem tanto, ele quer namorar, estudar, casar, e ter filhos, é eu sei, mega chato. Ele namorava a Ester, uma menina muito fofa, divertida, porem muito complicada, um dia do nada ela disse para ele que não queria mais, que ainda era apaixonada pelo seu ex-namorado, Ví ficou arrasado, ele realmente pensava que era ela, sabe, a garota. Ele me ligou desesperado dizendo que precisava me ver, e eu já sabia que alguma coisa tinha acontecido. Lembro-me de abrir a porta e ver um Vitor com o rosto inchado e os olhos vermelhos.

-- Posso dormir aqui por favor? – ele disse com uma voz tremida, concordei com a cabeça e ele me abraçou forte.

   E antes de tudo, isso era bastante normal entre nos, dormimos na casa um do outro o tempo todo, quase irmãos, nossas mães nunca pensaram nada errado da gente, e nem nos mesmos, ate aquela noite.

   Entramos no meu quarto e ele deita do meu lado.

-- Eu pensei que era ela Ana—ele disse ainda aos prantos. O problema e que ele sempre pensa, ele e um daqueles garotos apaixonados, imagino como ele deve ser na cama, deixe-me adivinhar, fofo, calmo, carinhosos, ou seja, não e meu tipo de maneira nenhuma.

-- Eu sei Ví, mais você tem que deixar rolar sabe? Você e muito afobado, isso espanta as garotas.

-- Eu só precisava de um beijo agora – ele disse me olhando com cara de cachorro sem dono. Nos sempre trocávamos selinhos, era um segredo nosso dês de pequenos, nos achávamos que selinho era coisa tão idiota que deveria ser um comprimento entre irmãos, então eu apenas lhe dei um selinho, mais ele não pareceu muito satisfeito – Um de verdade – ele falou se aproximando de mim na cama.

   Eu me levanto e começo rir automaticamente, isso so pode ser uma piada.

-- Você ta me zuando né?

   Ele se levanta e vai na minha direção, ele me joga na minha cama e fica por cima de mim.

-- Parece que eu to brincando? Você mesma diz o tempo todo que todas as amizades do mundo deveriam ser coloridas, porque se você gosta da pessoa vai querer dar prazer para ela— ele estava certo, mais isso não se aplicava na gente caralho.

-- A gente e uma exceção. – ele dirige sua boca na minha orelha e fala de uma maneira que nunca imaginei que falaria, pelo menos não comigo.

-- Por quê? E só um beijo Ana, oque você vai perder, faz isso por mim, eu preciso – ele levanta seu rosto e olha para os meus olhos, oque ta acontecendo? Ele olha pra minha boca como se pedisse permissão, e eu apenas paralisada não o impedi quando levou sua boca na minha e me beijou, sua língua fazia um movimento gostoso junto com a minha, o beijo foi acelerando e ele me jogou mais pra traz da cama, a minha cabeça estava a mil, eu estava beijando meu melhor amigo, caralho oque eu estou fazendo?