Isso não vai terminar bem.

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   Raissa olha para mim confusa e eu mando falo para ela entrar.

-- Não, você não pode – Digo soltando sua mão do meu braço.

-- Ana eu fiquei desesperado quando sua mãe me ligou e você não estava comigo, eu te procurei em todos os lugares, eu fui na delegacia 3 vezes, eu fui ate no hospital, eu estava com medo do que poderia ter acontecido com você, eu pensei que tinha perdido você – ele diz agora chorando desesperadamente.

-- E você perdeu – digo agora também enchendo os olhos de lagrimas, mais eu não vou chorar de novo, não da frente dele.

-- Não Ana, por favor, não faz isso comigo – ele diz se ajoelhando nos meus pés.

-- Eu não fiz nada Vitor, você fez – Digo limpando a lagrima que sem perceber eu tinha derramado.

-- Não, por favor, me perdoa, eu amo você, eu não consigo viver sem você aninha.

-- Como você se atreve a me chamar assim? – Digo agora deixando todas as lagrimas que eu estava contendo escaparem – Como você ama uma pessoa que tem vergonha, você tem vergonha de mim Vitor, vergonha, você só ama a si mesmo e as suas peguetes, você estragou tudo, tudo.

-- Ana por favor – ele diz colocando as mãos nos olhos.

-- Vai pra casa Vitor – Digo virando as costas e deixando ele lá, agora ele deve saber como eu me senti.

   Meu coração aperta, ele era meu melhor amigo, será que alguma dia ele me viu da mesma maneira que eu via ele? Ele era como um irmão.

   Subo a escada correndo e Raissa esta no meu quarto olhando para a janela.

-- Ele ainda esta lá, chorando – ela diz olhando para mim – oque aconteceu Ana?

   Conto pra ela tudo que aconteceu hoje, que ele tem vergonha de mim, que me desprezou por causa de uma vadia qualquer, que não aconteceu nada entre o Jonas e eu ( não contei que ele era gay porque não e problema meu) e contei oque tinha acontecido a minutos atrás.

   Raissa me abraça e eu choro ate cair no sono e acordar toda inchada no outro dia.

   Acordo com a minha mãe me gritando e eu desço as escadas meio tonta de sono.

-- oque foi mãe? – digo entrando na cozinha e avistando a ultima coisa que queria ver naquele momento, Vitor e seus pais sentados na mesa tomando café da manha.

-- Bom dia dorminhoca – Vitor diz e eu apenas dou um sorriso irônica e me viro de novo para a minha mãe.

-- Temos uma surpresa – meu pai diz animado olhando para a minha mãe – contapra ela Emília.

-- Tudo bem – minha mãe diz animada – nos e os pais de Vitor vamos viajar daqui uma semana para esquiar em Vail, vamos ficar duas semanas lá.

-- Legal, boa viajem – digo virando as costas e indo para o meu quarto, mais sinto minha mãe vindo atrás de mim.

-- Como assim boa viajem, você vai também mocinha.

-- Não obrigada.

-- Não e um convite Anabela, eu estou te avisando que você vai.

-- Você não pode me obrigar. – digo cruzando os braços.

-- Sim eu posso, você esta de castigo por causa de ontem e eu não vou te deixar sozinha para você trazer aquele namoradinho seu para dormir aqui – quando essas palavras saem da boca da minha mãe os olhos de Vitor ficaram furiosos.

-- Eu não vou.

-- Vai sim, o Vitor fez questão de te chamar, e você vai recusar assim?

-- Agora que você me disse isso perdi mais ainda a vontade de ir.

-- Mais você vai, e fim de papo, agora vai para o seu quarto – olho para o lado e todos estão nos olhando.

-- Pai – Digo tentando fazer meu pai ficar do meu lado para minha mãe mudar de ideia.

-- Já esta decidido Ana.

   Olho para aquela cena ridícula e bufo de raiva, como ela ousa me obrigar a ir em uma viajem com esse idiota, eu não estou conseguindo nem olhar para a cara dele e vou ter que conviver com ele por 14 dias, subo as escadas bufando de raiva e bato a porta na maior força que consigo, isso não pode estar realmente acontecendo.

-- Parece que alguém esta com raiva – Vitor diz na porta do meu quarto.

-- Sai daqui.

-- Então você decidiu esquecer todo o papo de independência e namorar? – ele diz com raiva na voz, eu só queria gritar para ele sair dali e falar que eu não estava namorando, mas eu não vou o deixar ganhar desta vez.

-- As opiniões mudam.

-- Então quer dizer que essa palhaçada e verdade, você realmente esta namorando com aquele idiota? – ele entra no quarto agora irado de raiva.

-- Ainda não

-- Ainda? Então tem a possibilidade de isso acontecer?

-- Eu não sei, mais desde quando isso e problema seu?

-- Eu quero você longe dele.

-- e quem e você para querer alguma coisa?

-- Eu sei que errei em algumas coisas mais eu não vou ver você namorar com aquele vagabundo e aceitar numa boa.

-- Sim você vai.

-- Anabela? – Olho para a porta de onde a voz veio e vejo Jonas parado – Ta tudo bem aqui?

-- Estava antes de você chegar idiota – Vitor diz indo em direção a Jonas, já vi que isso não vai terminar bem.

As regras da amizade coloridaOnde histórias criam vida. Descubra agora