Capítulo 3

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"Posso inventar mais um motivo pra disfarçar. Pressa de chegar, medo de te encontrar. Deve ser porque procuro mais do que você. Sei que você não parece muito preocupado, por sinal..."

Like this – Tulipa Ruiz


Lívia

Desde que saímos do restaurante na Urca, eu tenho experimentado sensações e sentimentos que jamais imaginei na vida. O jeito como Carlos Eduardo olha para mim e o tom de sua voz mexem comigo de uma forma que eu não sei explicar. Seu beijo é quente e possessivo e faz com que eu me sinta completamente perdida.

Nós vamos para o apartamento dele e antes de começarmos qualquer coisa, eu tiro algumas dúvidas que não saem da minha cabeça. O apartamento dele parece tão grande quanto o dos meus pais, mas a decoração é completamente diferente do que você espera de um homem de apenas 35 anos. Tudo no apartamento é antigo e com um tom clássico. É como se estivéssemos nos anos 70... Dos móveis aos abajures, tudo é de uma outra época.

Carlos Eduardo responde a tudo que eu pergunto pacientemente. Ele diz que nós faremos sexo da forma que eu estou acostumada e é exatamente isso que acontece. Exceto por um detalhe ou outro que me deixam extremamente assustada à princípio, mas depois eu me sinto maravilhosamente bem.

O primeiro acontece quando ele morde meu o mamilo. Minha vontade inicial é de dar na cara dele, mas logo em seguida, quando Cadu passa a língua por ele, eu quase gozo. O segundo, quando ele me manda fechar os olhos. É a primeira vez que um homem me pede isso. Todos eles adoram que eu fique olhando, mas Carlos Eduardo tem razão quando diz que com os olhos fechados eu não vou me preocupar com o que ele está pensando. Desse jeito, eu consigo me concentrar muito mais rápido no que estou sentindo e, para falar a verdade, é muito mais gostoso assim.

O último e mais impressionante é quando ele diz que eu tenho que passar a noite com ele, pois ele é responsável por mim. Ninguém nunca foi ou quis ser responsável pelos meus sentimentos ou meu bem-estar, exceto a Iracema que me criou como se fosse minha verdadeira mãe.

Quando ele me pega no colo e me leva para o banheiro, me sinto feliz como uma criança. Nós conversamos durante o banho sobre a submissa dele e sobre como ele começou a fazer esse tipo de sexo. Eu tento fazer sexo com ele outra vez, mas ele se recusa dizendo que não quer me deixar dolorida, por mais que eu esteja vendo que ele também está excitado.

Levanto-me para sair da banheira, ele me puxa para perto e me lambe de um jeito que ninguém nunca havia feito. Ele literalmente chupa meu clitóris e me faz gozar poucos minutos depois. É incrível e eu não sei por que as pessoas não fazem desse jeito. Assim que me recupero, o levo de volta para o quarto e retribuo o favor. Ele é tão adorável que até limpa meu rosto antes de dormirmos.

Na manhã seguinte, acordo com a Ana ligando para meu celular, mas não atendo. Logo depois, o do Carlos Eduardo começa a tocar sem parar e é o Roberto querendo saber se eu estou com ele. Eu peço para o Cadu mentir, mas é claro que eu vou contar para minha amiga depois. Se eu contar agora, ela vai querer falar comigo e vai encher meu saco desde já.

Assim que ele desliga o telefone, digo que vou embora e ele me convida para ficar mais um pouco e comer com ele. Eu aceito imediatamente, já pensando que eu poderia ser a refeição, mas acabo pegando no sono outra vez e quando acordo, ele não está mais no quarto.

Visto minha roupa, lavo o rosto, coloco um pouco de pasta de dente na boca e esfrego com os dedos, depois desço para procurá-lo. Encontro-o na cozinha, que tem o mesmo estilo clássico da sala, mas os eletrodomésticos são modernos. Fica realmente esquisita essa combinação. Eu penso em perguntar por que ele gosta dessas coisas tão antigas, mas acho melhor não provocá-lo.

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