Eu odeio jantares malucos

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A porta foi aberta por uma mulher ruiva de olhos pretos e um olhar extremamente sedutor! Sim era a mãe do meu "marido". A Kristen Garcia. Eu ainda não acreditava na sua idade, pois eu daria uns 30 anos para ela.

─ Olá pessoal, podem entrar. ─ Diz ela com um sorriso simpático.

A Kristen tinha traços idênticos ao do Calvin. Entramos em sua casa. Eu já tinha entrado aqui muitas vezes, porque a mamãe era amiga da Kristen, mas era desconfortante. Porque é uma casa muito bem decorada. Tinha uma sala de jantar de dar inveja e a sua casa era tão organizada que a pessoa que entrava ali, poderiam se sentia uma completa mendiga. Experiência própria.

─ Charlie, meu deus, meu amor, como você está linda. - Kristen me abraçou me fazendo sentir o seu cheiro de "flores do campo".

─ Obrigada sogrin... Senhora Garcia!

─ Haha, pode só me chamar de Kristen amorzinho. Porque quando me chamam de senhora eu me sinto uma completa idosa.

─ Ah, acredite a única velha aqui é minha mãe. ─ Falei rindo e Kristen arregalou os olhos e segurou os lábios tentando não rir.

Senti um pisão nos meus pés lindinhos, sim era a minha mãe.

─ Bom, irei chamar o Benjamin. ─ Não demorou muito para que desse um grito. ─ Querido, os convidados chegaram.

Ela ia até a cozinha quando se esqueceu de cumprimentar os meus irmãos que por uma vez na vida pareciam gente de tão bem vestidos que estavam.

─ Por deus, como pude esquecer-me dos meus adultos prediletos? ─ HAHAHA ADULTOS? Eles são mais criança do que criança chorando por perder um doce.

Espera eu choro quando eu perco um doce.

Meus irmãos, abraçam minha futura sogra e depois se afastaram com aquele "sorrisinho" falso. Eu não vou dizer que os Garcias eram ricos, eles eram da classe média, assim como eu, não eram ricos, mas também não eram pobres, ele tinham um bom dinheiro para manter a casa e o necessário, mas do jeito que eles eram e com a organização, estava mais para uma família certinha e exigente. Menos o Joey, porque esse sim é todo errado.

Benjamin desceu as escadas lentamente, junto com o seu filho Calvin, percebi naquele momento que eu estava sorrindo como uma boba vendo a sua blusa polo marinha bem limpa e com sua calça jeans comum que usava normalmente, assim seu cabelo estava arrumado deixando um ar de garoto certinho. Okay, eu era toda errada, azarada e ele era muita areia pro meu caminhãozinho, mas e daí? Cadê aquele ditado de que os opostos se atraem? Em? Em?Em?

Suspirei muito até ouvir uma voz grossa falar em minha orelha:

─ Se prepare para o show maninha não se esqueça do nosso trato! ─ Nesse mesmo instante me senti uma covarde, avistei o sorriso sombrio nos lábios do meu irmão.

─ Se prepare você seu espantalho do fandangos. ─ Revidei.

Virei o rosto destemida. Droga, droga, droga! Meu Deus eu quero ir embora, o que aquele maluco vai fazer? Eu juro que entro no seu quarto e corto o seu p** se fazer besteiras. Eu estava tensa muito tensa.

─ Nossa Charlie, como você está linda! ─ Falou o senhor Garcia me abraçando.

─ Obrigada. ─ Forcei um sorriso parecendo um "anjo". Só se for do capeta mesmo.

─ Oi Charlie! ─ Calvin acenou para mim, enquanto se aproximava.

Vi um sorriso em seu rosto que me deixava derretida que nem manteiga.
Ó mãe, não precisa mais ir ao mercado.

Senti os seus braços se envolverem em volta de meu corpo, fazendo as borboletas serem ativadas em meu estômago. Ele me abraçou. E eu morri. Mentira. Mas quase, porque meu coração só faltava saltar pela boca e minha mão estava tão fria que parecia que tinha voltado do Alasca.

CharlieOnde histórias criam vida. Descubra agora