Charlie

Eu odeio Praia!

Eu precisava de doces, pois estava muito nervosa e ainda indignada pelo que o Joey fez ontem comigo... Mas eu não vou contar agora... Não mesmo...

Tá bom eu vou contar.

Flashback on:

1 Dia antes de eu voltar para a escola ridícula e conhecer o novato mais ridículo ainda:

Isto é uma loucura, a invisibilidade está em toda a parte, claro que as pessoas se concentram nas coisas que podemos ver, na matéria... Nas coisas vivas, mais também existem coisas que não podemos ver, como as ondas sonoras ou os gases e algumas coisas que perdemos por que estão escondidas aos olhos vistos, como eu disse a invisibilidade está em torno de nós, até nos lugares mais óbvios e familiares. Estes opostos existem lado a lado:

O visto:

– JOEY JOGA A BOLA! – Gritava todos para o meu vizinho idiota.

E o não visto:

– Charlie, querida segura isso pra mim que, eu vou lá com eles! – Falou a minha mãe jogando o seu protetor solar em mim.

E é assim o mesmo padrão se repete... Sem parar. Esses objetos luminosos e brilhantes sugam toda a atenção! Enquanto os objetos invisíveis bem de baixo do nosso nariz... Somem. E as coisas são assim, e não podemos mudar isso. Pelo menos é o que eu acho.

– Charlie filha sai dessa vida, vai lá jogar vôlei com eles! – Falou o meu pai enquanto fritava alguns hamburguês na churrasqueira.

Olhei para ele.

– Se está brincando né pai? Tinha que ser justo os Garcias? E o pior, os amigos do Joey e do Calvin? Qual é a mamãe tá louca? Piro? Bebeu? Fumou? Usou craque? Foi muita coragem dela me acordar 6:30 da manhã em um pleno domingo, só para convidar os Garcias e os amigos idiotas do Calvin e do Joey para irem a praia!... Pra falar a verdade eles nem foram convidados! Eles vieram porque são uns intrometidos.

Ele deu uma gargalhada:

– Nossa Charlie por que não aproveita um pouco esse ar fresco? Você só sabe ficar enfurnada dentro do quarto enquanto toma Pepsi e doritos! Olha esse sol, esse vento esse...

– Essas pessoas! Por isso que eu odeio praia... É um local onde as pessoas são observadas! Estupradas, atacadas ou...

– Espera atacada? – Perguntou ele em dúvida.

– É... Pelo tubarão em baixo da água ou pelos peixes carnívoros! – Falei com cara de óbvio.

– Olha Charlie... Meu bebê, todos sabemos que você não é inteligente o bastante pra saber bater perna na água, mas nem por isso você não pode se divertir fora dela.

– Nossa, valeu pai, o meu ânimo melhorou bastante! – Falei revirando os olhos e colocando os óculos de sol de volta.

Eu estava sentada na cadeira de praia em baixo de um guarda sol gigante enquanto todos brincavam de vôlei numa rede publica da praia.

– Tira essa roupa filha, está calor! – Falou papai.

Eu não ia mesmo, não depois de esses dias o Joey revelar que não se impressionou com os meus seios. Não que eu queira que ele ache bonito.

– Não muito obrigada pai, vou ficar só com a minha saída de praia branca, ela já revela mais do que já deveria revelar.

– Nossa... Você é muito anti-social! – Disse ele.

–Pai aprende, pessoas invisíveis ficam com o vento e pessoas visíveis ficam com pessoas...Visíveis!

Ele não respondeu nada e se sentou em meu lado.