Eu odeio ônibus!

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– O que está fazendo aqui?! – Perguntei séria.

– Você não ia fugir por muito tempo gracinha.– Falou o meu pai apertando a minha bochecha.

– Como você... – Parei um tempo e pensei.

– Vai se ferrar.

– 16 desejos? É a sua idade?

–Não lhe interessa! – Quase gritei.

– Fugir? Sério? VOU CONTAR PROS SEUS PAIS HEIN!

Olhei para a janela rapidamente.

FILHO DA P***

– O garoto da viola? – Perguntei pra mim mesma encarando o garoto de cabelos cumpridos me olhando pela janela e sorrindo.

EU MATO AQUELE CABELO DE MENINA! ( Que por sinal é muito bonito T_T)

– Sim! – Comentou.

Mostrei o dedo do meio para o garoto que me dedurou e logo perguntei para o meu pai:

– Como aquele panaca sabia que você era o meu pai? – Perguntei séria.

– Acho que sair mostrando a sua foto pelo Havaí inteiro, fez as pessoas descobrirem que você é a minha filha!

– Você...

– Eu fiquei te procurando Charlie... Até descobrir que você mandou todos tomar no c* e roubar uma viola de um garoto gentil!

Olhei de novo para o garoto da viola e abaixei o olhar.

– Achei que você estivesse curtindo a piscina...

– E deixar a minha princesinha não comer um doritos?

Meu pai tirou de trás das suas costas um saco de doritos e me entregou.

Eu o encarei.

– AAh você me conhece mesmo! – Falei entre choros e soluços que saíram na hora.

– Vamos para casa amor! – Disse ele fazendo eu apoiar a minha cabeça em seus ombros.

– E a mamãe?

– Ela vai ficar bem!

(...)

O ônibus estava andando enquanto eu estava deitada no ombro do meu pai.

– O garoto disse que você cantou!

Olhei rapidamente para o papai.

– Não quero saber mais disso – E voltei a me deitar no ombro de meu pai.

– Charlie... Eu sei que às vezes você canta bastante alto e é pra irritar as pessoas, mais só eu e a sua mãe sabemos o que realmente aconteceu! Filha você ficou com vergonha e se machucou na frente de todos isso é uma coisa normal do...

– Normal? Eu passei dias treinando aquela droga de musica pra que? Pra escola inteira rir de mim, se eu canto alto e ruim é pra zoar, não por que... Não por que gosto de música tá bom? Não quero mais saber disso, só vou ficar na minha...

– Por que mente pra si mesma? Você pode ser desajeitada, comilona o que for, mais você tem um dom na música! E além de tudo sabe tocar alguns instrumentos!

– Aquele curso era ridículo mais depois de tanto falatório até que aprendi tocar alguma coisa!

Papai abaixou o olhar.

– Tá bom Charlie, se você não quer mais não vou insistir!

Me deitei no ombro dele novamente e fiquei pensativa. Eu sempre canto pela casa e tals! Mas é no jeito doidão meu! Se eu fosse cantar em algo sério não daria certo, aquela música da viola foi a última vez que eu cantaria com paixão!

(...)

Eu estava dormindo calmamente quando um barulhão fez no ônibus.

– O que aconteceu? – Perguntei me levantando assustada.

–Shii! Acho que parou!

Meu pai se levantou do ônibus. Ótimo só me falta dizer que o ônibus quebrou no meio do nada.

Bufei e cruzei os braços.

– Charlie o ônibus quebrou no meio do nada!

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH

16:00 Da tarde:

Eu e meu pai estávamos sentado em uma calçada pensando enquanto eramos azarados.

– Você trouxe alguma mala? – Perguntou ele.

– Nada, simplesmente invadi o ônibus!

Ele riu:

–É talvez você seja mesmo a minha filha!

Dei um sorriso.

– Charlie, achei top aquilo que você fez com o Joey e com a sua tia!

O encarei:

– De verdade?

– Claro, sempre quis jogar graxa na cara de alguém, e sempre quis falar todos os tipos de palavrões possíveis na cara da minha irmã!

– Pois é, a minha tia é um demônio virado em pessoa!

Ele riu e ficamos um tempo ali sentados na calçada. Espero que conseguimos voltar para a casa.

Depois de um tempo naquele calor deserto, eu comecei a discutir com o motorista.

– Ah chega eu vou pegar carona! – Falei pro meu pai e indo no meio da pista.

Ficamos horas ali até que finalmente alguém parou.

– Pra onde estão indo?

Papai começou a explicar o caminho enquanto eu olhava para aquela lata velha.

– Seu carro tem cheiro de chulé! – Comentei pro motorista.

– Ah... Ah Charlie! – meu pai ficou todo com vergonha. Oh deus.

Depois de muita batalha, determinação, e choradeira.

Nós finalmente chegamos em casa.

Abri a porta.

– Estou finalmente livre de todas aquelas – Parei um tempo e arregalei os olhos ao ver quem estava em meu sofá

–... JOEY?! 

CharlieOnde histórias criam vida. Descubra agora