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--- Harry On ---
Tento virar-me na cama e dou conta que mais alguém aqui está. Abro os olhos lentamente e sorrio ao ver a mulher que amo a dormir serenamente. Até parece mentira que ela aqui está a meu lado. Que veio ter comigo ontem – dia do meu aniversário –, e que me proporcionou uma das melhores noites da minha vida. Sim porque de madrugada acordámos com fome e enquanto comíamos – as panquecas que ela tanto pediu para eu fazer – houve muitas trocas de mimos e carinho entre nós. No fim acabámos mais uma vez por nos entregar um ao outro naquilo a que posso chamar de “nosso mundo”.
Aqui e agora ao olhar para ela sinto ainda não entendo como alguém pode amar tanto outra pessoa como eu a amo a ela. Só ela me faz sentir vivo. E disso eu não abro mão de maneira nenhuma. Passo a minha mão pelas suas costas nuas e sinto-a a arrepiar-se e a aninhar-se nos lençóis, fazendo-me rir.  Continuo a observá-la e uma paz se apodera de mim. Estes nossos momentos fazem-nos esquecer os problemas à nossa volta. Posso garantir que dava tudo para que ela não sofresse mais com tudo o que está a acontecer, mas isso não está nas minha mãos.
Oiço o toque de um telemóvel e quando me dou conta vejo que é o da Bia. Levanto-me e quando pego no telemóvel ele silencia e desta vez começa o meu a tocar. Atendo de imediato vendo que é o Zayn.

*Chamada On*
- Zayn…
Zayn: Bom dia Harry. Desculpa se te acordei.
- Não tem mal. Que se passa?
Zayn: A Bia está contigo, certo?
- Sim está. Ainda dorme. (olho para a Bia ainda a dormir e sorrio)
Zayn: Pois, mas vais ter de a acordar. Vocês têm de vir imediatamente para o hospital.
- Hospital? (falo e vejo a Bia despertar e ficar confusa com as minhas palavras) Que aconteceu? Quem está mal?
Zayn: Calma. É só a Mel que está prestes a nascer.
- A Mel?! Sério? (vejo a minha namorada levantar-se imediatamente assim que houve o nome da irmã e eu tento acalmá-la)
Zayn: Sim a sério. Vá não demorem por favor.
- Ok mano. Vamos despacharmo-nos e vamos já para aí.
Zayn: Até já.
*Chamada Off*

Bia: Amor que aconteceu? Quem está no hospital? E o que a Mel tem a ver com isso. (ela olha-me com preocupação)
- Paixão tem calma. Vamos ter de ir para o hospital pois a Mel está prestes a nascer.
Bia: A Mel? A minha Mel? (assinto e ela abraça-me)
- Vamos tomar banho. (levanto-me e pego na sua mão puxando o seu corpo para mim)
Bia: Ainda nem acredito que a minha irmã vais nascer.
- Mas podes acreditar. (sorrio para ela e roubo-lhe um beijo)

Depressa tomamos banho e ao fim de meia hora estávamos pronto para ir para o hospital. Quando vamos a sair de casa damos de caras com os meus pais que vinham a chegar e sorriem para nós. Contei para onde íamos e eles desejaram a mais sorte para a Ellen e para a pequena Mel.
Noto que a Bia está nervosa e mesmo a conduzir pego na mão dela para lhe dar alguma segurança.
Pouco mais de quinze minutos depois estamos a entrar no hospital em direcção à ala da maternidade. Cruzámo-nos com o Dr. Robin que nos sorriu e suspirou de alivio por saber que não estávamos ali pela saúde da Bia. No fundo este médico, que por sinal foi colega do meu pai na escola, tornou-se um grande amigo e está sempre disposto a ajudar-nos e a dar o seu apoio constante.
Chegámos à sala de espera e lá estava a Bella, o Zayn e a Perrie. A Bella conversava animada com a Perrie e o Zayn andava de um lado para o outro.

Bia: Olá. Digam-me que ela ainda não nasceu. (cumprimenta a Perrie e dá um abraço à mãe Bella)
Zayn: Bia finalmente chegaste. (abraça-a)
Bella: Querida a Mel ainda não nasceu. Estamos todos ansiosos mas temos de ser pacientes.
- Como souberam que ela vai nascer?
Perrie: A Ellen teve contrações durante a noite e pelos vistos hoje de manhã rebentaram as águas.
Zayn: O pai está com ela. Tudo vai correr bem. (diz para a irmã que o abraçava)

O tempo foi passando e nada de haver notícias. Passaram quarenta e cinco largos minutos quando vemos o James acompanhado do médico, ambos ainda com as batas hospitalares vestidas.

Zayn: Então pai?
Bia: Está tudo bem?
James: Digamos que a Melanie Malik é uma menina lindíssima tal como a mãe. (sorri e o Zayn e a Bia vão abraçar o pai)
Bella: Parabéns James.
James: Obrigado Bella.
Perrie: E ninguém pára a família Malik.
Zayn: Podemos ir vê-la?
Bia: E a mãe?
James: Calma. Uma pergunta de cada vez. A Ellen ainda está no recobro mas dentro de uns minutos vai ser levada para o quarto. A Mel…
xxx: A Melanie está neste momento no berçário à espera da visita dos irmãos mais velhos.
James: Mas está tudo bem com ela Dr. Hudson?
Dr. Hudson: Sim. A sua filha está óptima e de boa saúde, assim com a sua mulher. Muitos Parabéns mais uma vez. Agora vão lá ver a pequena. (sorri para nós e sai da sala)

Os sorrisos nas nossas caras era imperdível, mas cada um tinha as suas razões para tal embora todas fossem dar à pequena Mel.
Seguimos o corredor até ao berçário e apenas o James entrou deixando-nos a observar através do grande vidro da sala.
Vemos o James pegar na Mel e aproximar-se da janela com ela ao colo.

Perrie: É tão linda. (noto alguma tristeza – talvez – na sua voz)
Zayn: Amor não te quero triste. Há-de chegar a nossa vez. E nesse dia serei eu no lugar do James, mas a criança será um filho nosso e não a minha irmã. (dá-lhe um beijo suave)
Bia: Pezz e nesse dia eu vou ser a tia mais feliz que se pode conhecer.
Zayn: Tenho as irmãs mais bonitas à face da Terra. (o seu sorriso era babado)
Bella: Realmente a vossa irmã é muito bonita.
Bia: E pensar que o Jack tentou evitar que este momento acontecesse.
- (coloco a mão na sua cintura) Mas não conseguiu. A tua mãe e a tua irmã estão a salvo. O teu pai vai fazer de tudo para as proteger.

Mais uma vez olhamos para o grande vidro e vimos o James aconchegar a Mel saindo do quarto logo de seguida depois de falar com a enfermeira.

James: A Ellen já está no quarto. Já a podemos ver.

A Bia sorriu com estas palavras e seguiu em direcção ao quarto da mãe. É bom ver a minha namorada sorrir. Sinto que finalmente as coisas se estão a endireitar e tudo pelo que a Bia passou, desde ser abandadonada, adoptada, a violência do Jack e do Jeremy… Tenho o pensamento que tudo se vai resolver.
--- Harry Off ---

--- Bia On ---
Finalmente a Mel está connosco. E garanto que a minha irmã é o bebé mais bonito que vi até hoje. Quando o Harry atendeu o telefone hoje de manhã e falou na palavra hospital o meu coração parou na hora. Pelo menos desta vez eram boas as razões porque fomos àquele hospital.
Depois de ter visitado a minha mãe de ter pegado na minha irmã ao colo eu senti-me muito feliz, porque depois de tudo o que a minha mãe passou no casamento dela com o Jack ela merecia sem dúvida esta dádiva.
Quando o Zayn pegou nela ao colo pude ver lágrimas nos seus olhos. Ele olhou para a os meus pais e apenas fez um pedido “não me deixem ficar fora da vida dela”, ao que a minha mãe garantiu que jamais iria separar os irmãos por mais obstáculos que aparecessem. No fundo todos entendemos o porquê dele ter pedido isso. Afinal ele passou quase dezoito anos longe de mim. Por mais que ele diga que perdoou os pais e principalmente a mãe por me ter abandonado, eu sei que bem lá no fundo ele não esqueceu o que passou. A mãe Bella não se cansou de elogiar e disse que ajudaria no que pudesse. A Perrie e o Harry tiveram a ideia de haver uma foto de manos como eles apelidaram. E assim eu sentei-me no sofá daquele quarto com a Mel ao colo e o Zayn sentou-se a meu lado… Num piscar de olhos a Perrie tirou a foto que depressa passou a ser o fundo do telemóvel do meu pai e das minhas mães. No fim da visita o meu pai optou por ficar a noite no hospital com a minha mãe e eu acabei por ir para casa onde o Harry, a Perrie, o Zayn e a mãe Bella ficaram também. Foi complicado arranjar espaço para todos. A mãe Bella ficou no quarto dos meus pais, visto o outro quarto ficar para a Mel. Eu practicamente obriguei o Zayn e a Perrie a ficarem no meu quarto, enquanto eu e o Harry ficaríamos no sofá da sala. Depois do jantar e da cozinha arrumada fui buscar as mantas para mim e para o Harry.

Perrie: Tens a certeza que não queres ficar antes no teu quarto? (diz quanto me ajuda a esticar os lençóis)
- Quando queres és mesmo chata. Já disse que nós ficamos bem. Além disso tu e o Zayn e que são as visitas.
Harry: Ah e então eu sou o quê? (pergunta entrando na sala apenas de calças vestidas).
Zayn: Não te sintas inferior… (ri-se)
- Zayn está calado ou ainda dormes na casota do cão.
Harry: Toma lá que já almoçaste Malik.
Perrie: Bia a sério eu só não quero incomodar.
- Zayn faz o favor de calar a tua namorada.
Zayn: É para já. (beija-a intensamente)
- Melhor agora. (sorrio)

Olho para a entrada da sala e vejo o Zarry aparecer juntamente com a mãe Bella. Ele parecia meio apagado, mas assim que o Harry chamou por ele, ele correu de rabo a abanar para receber os mimos.

Bella: Bem meninos eu vou dormir. Amanhã é um dia longo. Tenho coisas a tratar sobre a casa da Bia.
Harry: Casa da Bia? (pergunta confuso)
Zayn: Até amanhã mãe. (dá-lhe um beijo na testa)
- Até amanhã.

Demos as boas noites à mãe Bella e o Zayn e a Perrie acabaram por se ir deitar também. Olhei para o Harry que brincava com o Zarry e notei que a sua expressão era meio estranha.
Deitei-me e passei a minha mão nas costas do Harry que estava sentado de costas para mim.

- Amor… Que tens?
Harry: Eu… Nada… (deita-se a meu lado, mas sinto que ele não está bem e quer perguntar alguma coisa)
- Eu conheço-te Harry. Tu ficaste estranho de repente. Que queres saber?
Harry: (suspira) Tu conheces-me mesmo bem… Que história é essa de casa da Bia que a Bella falou?
- Ah isso. Como sabes a casa onde o Jack vivia foi dada a mim e à minha mãe para pagar a indeminização. Só que tanto eu como a minha mãe não queremos a casa, assim optámos por vendê-la. Com o dinheiro a minha mãe quer comprar uma casa para mim e apesar de eu continuar aqui a viver, um dia talvez me mude para lá. A mãe Bella prontificou-se a ajudar na compra da casa com os meus pais. Acho que eles já têm uma em vista, mas não me deixam ver nem saber. Querem que seja surpresa.
Harry: É bonito da parte deles quererem surpreender-te. Por momentos pensei que fosses viver para longe.
- Achas mesmo? Achas que eu iria para longe sem saberes? Além de não vou a lado nenhum. Não sem ti. (sorrio para ele e beijo-o)
Harry: Já disse que te amo?
- Já, mas podes repetir que eu não canso de ouvir.
Harry: Amo-te. (sorri para mim e abraça-me)
- Também te amo.

Viro-me de costas para ele e ele puxa-me para ele de modo a ficarmos na famosa conchinha. Senti o Zarry deitar-se no fundo dos nossos pés e com todo o cuidado o Harry puxou o edredom para nos tapar enquanto nos aninhávamos os dois.

A meio da noite sinto as mãos do Harry percorrerem todo o meu corpo fazendo-me arrepiar. Os beijos que ele deixa estão a deixar-me com um desejo enorme.

- Amor… Estamos na sala… (falo entre beijos)
Harry: E depois?… Eu preciso de ti.
- O Zayn pode aparecer ou até mesmo a minha mãe. (digo com a respiração acelerada) Por favor.
Harry: Pronto eu sossego, mas vais ter de me ajudar com o meu “problema” lá em baixo. (sorri maliciosamente)
- (reviro os olhos) O que eu faço contigo? (levo a mão às suas calças)
Harry: Apenas ama-me…

E com estas palavras não em contive e ataquei os seus lábios com alguma fúria. Senti que ele estava com o seu desejo no máximo. Ouvi um ligeiro latido vindo do Zarry e o Harry colou-se em alerta, não fosse alguém aparecer. Não consegui evitar rir com a situação.

Harry: Não tem piada. Pensei que fosse a tua mãe.
- Para quem está com um enorme desejo há segundos atrás, estás meio medroso.
Harry: Cala-te.

Vejo eu ele se tapa todo e se vira de costas para mim. Sorrio com tal atitude e do nada abraço-o por trás levando os meus lábios ao seu pescoço enquanto a minha mão acaricia a sua barriga.

- Amor vira-te para mim… (depósito leves beijos no seu pescoço e costas)

Ele continuava sem se virar e aí eu decidi tomar medidas. E que medidas.
--- Bia Off ---

--- Harry On ---
Acordo com o sonho que estava a ter e com um desejo enorme. No meu sonho eu estava casado com a Bia e posso dizer que na nossa primeira noite nos amámos como nunca. É estúpido, mas só ela me faz ficar assim. Só ela me faz sentir coisas que jamais pensei em sentir. Passo as minhas mãos pelo seu corpo macio e uma delas “foge” por dentro da sua camisola.

Bia: Amor… Estamos na sala… (fala entre beijos)
- E depois?… Eu preciso de ti.
Bia: O Zayn pode aparecer ou até mesmo a minha mãe. (diz com a respiração acelerada) Por favor.
- Pronto eu sossego, mas vais ter de me ajudar com o meu “problema” lá em baixo. (sorri maliciosamente)
Bia: (revira os olhos) O que eu faço contigo? (leva a mão às minhas calças)
Harry: Apenas ama-me…

E com estas palavras ela practicamente atacou os meus lábios com alguma fúria. O meu desejo só aumenta. Ouvi um ligeiro latido vindo do Zarry e coloquei-me em alerta, não fosse alguém aparecer. A Bia riu e parece que ela achou muita piada, mas eu não. Se fosse a mãe dela a aparecer ia ser uma vergonha enorme.

- Não tem piada. Pensei que fosse a tua mãe.
Bia: Para quem está com um enorme desejo há segundos atrás, estás meio medroso.
- Cala-te.

Tapo-me todo e viro-me de costas para ela. Quero ver o que ela é capaz de fazer para me fazer falar com ela. Eu continuo com um “problema” por resolver por isso é bom que ela tome a atitude e rapidamente. Sinto os seus lábios no meu pescoço e as mão na minha barriga.

Bia: Amor vira-te para mim… (deposita leves beijos no seu pescoço e costas)

Fui surpreendido pelos seus dedos entrarem dentro das minhas calças. Oh senhor… Agora estou perdido. Engulo em seco e apesar de estar a adorar estar com ela, ainda aparece alguém.

- Paixão… (falo tentando respirar normalmente) Não precisas de fazer nada…

Eu quero que ela faça, mas por outro lado… Ai mãezinha tirem-me daqui…

Bia: Shhh. Não digas nada. Apenas sente e deixa-te levar. (sussurra-me de forma a que a loucura está a tomar conta de mim)

Ela continua os seus movimentos com a mão por dentro das minhas calças e eu tenho de prender os sons que se querem soltar.
Agarrei o seu pulso de modo a ajudá-la e por fim não consegui controlar mais e soltei um suspiro maior do que queria. Ela beija-me o ombro e continua com as suas acções.
Eu estou perto e ela sabe disso. Assim ela acelera e eu acabo por gemer o seu nome, mas baixo o suficiente para não ser ouvido. Ou pelo menos esperar eu ninguém tenha ouvido. Esta rapariga “mata-me”.
Viro-me finalmente para ela e beijo-a apaixonadamente sussurrando um obrigado ao que ela sorri brilhantemente. Com algum custo levanto e vou até à casa de banho. Quando regresso ela está deitada do meu lado da cama e dorme profundamente. Isto faz-me rodar o sofá e ir deitar-me do outro lado. Deposito um beijo na sua testa e deito-me aconchegando-me no seu corpo, com certezas que a adrenalina que acabei de sentir foi sem dúvida mágica.

Hate and LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora