Hate and Love

38.

Estava a arrumar as minhas coisas com a ajuda da Perrie quando ela me faz uma pergunta pertinente.

Perrie: Bia que sentes pelo Harry?
- Como assim?
Perrie: Tu sabes que vocês eram e são os mais unidos do grupo e a vossa ligação é especial. O que eu quero saber é como te sentes em relação a isso.
- Pezz eu nem sei o que pensar. Estou confusa. Quando acordei do coma e o meu olhar se cruzou com o dele eu senti-me na maior paz do mundo e sentia-me completa. Quando ele está longe de mim sinto-me sozinha. Sei que é errado, mas não consigo evitar.
Perrie: Errado porquê? Não é crime sentires falta de alguém.
- Mas eu tenho namorado, embora duvide disso, pois ele nunca me veio visitar e continua em viagem como todos dizem. A namorado do Harry também não deve achar piada à nossa ligação, ainda para mais estando juntos esta semana de férias.
Perrie: Eu sei que a tua amnésia não te ajuda e que nós não te podemos contar muita coisa sobre a tua vida. Mas posso dizer-te uma coisa que te pode ajudar.
- O quê?
Perrie: Aquele vazio que tu sentes só sentes quando o Harry está longe certo? (assinto) Pois bem então pensa em como o teu coração reage quando estás perto dele e descobres porque te sentes assim.
- Já pensei nisso e só chego a uma conclusão. (ela olha-me esperando uma resposta) Acho que estou a gostar dele, mais do que imaginava. (digo e ela sorri largamente)
Perrie: Acho que agora já entendes mais um pouco da vossa ligação… Vou arrumar as minhas coisas. Até já. (levanta-se saindo do quarto e deixando-me pensativa)

Depois de tudo arrumado deitei-me um pouco e tentei relaxar. As palavras da Perrie não me saiam da cabeça. Eu sei e sinto que gosto do Harry, mas será mesmo ele de quem eu sinto falta desde que acordei. Raios… Odeio não me lembrar de nada. Pego no iPod e coloco uma música calma para tentar não pensar mais no assunto. É final de tarde e opto por ver o pôr-do-sol deitada numa das preguiçadeiras que existem na varanda do quarto. Realmente a vista era linda.
Sinto alguém perto de mim e quando olho para trás vejo o Harry olhando-me carinhosamente.
--- P.O.V. Bia ---

--- P.O.V. Harry ---
No fim de tanto disparate dito nesta sala, só espero que a Bia não tenha ficado com má impressão minha. Decido assim ir até ao quarto e ir arrumar as minhas coisas. Assim que entro oiço uma música e ao olhar para a varanda vejo a Bia deitada numa das preguiçadeiras da varanda. Caminho até lá em silêncio e a cada passo que dou o meu coração parece que vai saltar pela boca. Pode parecer lamechas, mas eu sinto a falta dela mesmo ela estando aqui perto de mim. Sinto falta do seu abraço, do seu beijo, do seu toque… Enfim sinto falta de tudo nela. Sei que não a posso pressionar, mas se estou assim em parte a culpa é minha pois não tive a coragem para lhe dizer que sou eu o seu namorado enão o tal de Edward. Se bem que em parte ele é, visto esse ser o meu segundo nome. Chego à porta da varanda e falo suavemente para ela.

- Posso fazer-te companhia?
Bia: Claro. (diz e eu deito-me na espreguiçadeira a seu lado)
- Desculpa o que eles disseram lá na sala…
Bia: O quê?
- Aquilo de eu te… tu sabes… (digo em voz baixa pois não quero causar má impressão)
Bia: Hazzy esquece isso. Eu sei que não foi por mal e não precisas de te desculpar. (sorri para mim)

Oiço a música que provem do iPod e solto um sorriso, pois lembro cada minuto que passei com ela.

Bia: Que sorriso é esse?
- Apenas lembranças. (digo pegando na mão dela e apertando-a)
Bia: Boas espero. (olha para as nossas mãos, mas não as solta)
- Muito boas. Gostava que o tempo voltasse atrás para poder evitar certas coisas. (suspiro)
Bia: Eu não bem o que isso é visto que nem me lembro de nada, mas de certeza que existem coisas que também mudaria, eu acho… Posso fazer-te uma pergunta?
- Claro.
Bia: Nós estivemos juntos em algum acampamento? (ela diz e eu fico em choque sentando-me olhando profundamente para ela)
- Sim estivemos. Como soubeste?
Bia: Tive um flash onde eu estava corada escondida atrás de ti enquanto os outros riam.
- Foi um fim de semana comprido esse.
Bia: Podes contar-me sobre ele?
- (engulo em seco) No inicio da viagem tu estavas zangada comigo e até ficaste furiosa por termos de dividir a mesma tenda.
Bia: Tal como vamos dividir o quarto? (assinto e entrelaço os nossos dedos com força)
- Passamos o primeiro dia sem nos falarmos, mas depois de dizermos o que nos “atormentava” resolvemos as nossas coisas e ficamos bem. (lembrei na perfeição a noite que me declarei a ela)
Bia: E porque estava eu corada?
- O pessoal fez uma piada sobre nós e tu ficaste sem jeito. (sorrio ao lembrar aquele pequeno almoço)