Ana

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Ana, menina sacana.

Das savanas, estranhas, entranhas, façanhas, ela sempre está ali. Acha que tudo é motivo de amor, se preocupa com quem não está nem aí para ela. Sorriu mil vezes olhando as malas feitas, chorou por dentro dois mil, por deixar pedaços dela em outro lugar. Ana que sente tanto, que faz tanto, que recebe pouco, por que ajuda tanto os outros? Ana que quer mudar a cor do cabelo para ver se muda o coração, mal sabe Ana que os dois não estão ligados. Pobre menina rica, que acredita na bondade dos outros. Ana, que se tivesse lutado mais um pouco teria o seu amor bem debaixo do cobertor. Ana cigana, que ri e que ama. Ela muda, ela sente, ela destrói, reconstrói. Velho sentimento, não. Esse é coisa nova. Não se precipite, Ana, menina. Sua vida ainda colorida, mesmo ferida, abriu um caminho novo. Ana, que mais parece um vendaval, estava prestes a encontrar uma calmaria. Uma calmaria boa.

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Amor, te fiz eternoOnde histórias criam vida. Descubra agora