Skylines And Turnstiles

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Seu quarto era escuro e trancado. Gerard não queria sair dali de jeito nenhum. Ficava desenhando horas e horas e se esquecendo do tempo. Nada importava a ele, a vida não tinha sentido algum.
A mãe de Gerard bateu na porta e abriu sem a permissão dele.

- Querido, o Ray está aqui.
Gerard não dera ouvidos para a mãe. Continuou desenhando. Sua mãe odiava ignorância da parte dele, mas entendia o seu lado, sua depressão infinita pela sua exclusão da sociedade.
Mandou o amigo entrar e o menino alto de cabelos afros se sentou em uma cadeira do lado dele, só o observando.

- Gerard - Ele respirou fundo depois de pronunciar seu nome.

Gerard não respondeu, ele não se importava. Sua dor era maior do que tudo.

- Gee fala comigo. Sua mãe não te contou?

O garoto moreno se virou para Ray e arqueou as sobrancelhas.

- Houve uma tragédia - Ray abaixou a cabeça.

- Que tragédia? - Gerard finalmente disse algo, arregalando os olhos em seguida.

- Milhares de mortos... Oh - Ray colocou as mãos no rosto porém Gerard as tirou, deixando um ar de confusão ali. Gerard estava internamente muito assustado e preocupado.
Ray entendeu a confusão e começou a explicar.

- Ouve um atentado em NY. Os terroristas estão com aviôes sequestrados, além de os arremessarem contra as torres gêmeas.... - Ray levou a mão na boca.

Gerard não acreditava no que estava ouvindo. Seu coração batera forte, muito forte. Para ele, nunca acontecera uma coisa tão horrível nos EUA desde quando ele havia nascido. Se aconteceram, esse acontecimento superou absolutamente tudo.
Ray continuou a falar:

- Eles ainda estão atirando os aviões e inclusive o Word Trade Center está caindo! Gerard, você tem noção de quantas pessoas estão morrendo?

Ray se levantou e ligou a TV que estava na frente da cama de Gerard. Em todos os canais passava ao vivo todos os detalhes sobre o atentado. Gerard olhou atentamente a pessoas caindo do prédio e a gritaria deles enquanto caiam. Gerard ficou aterrorizado, assustado.

- MEU DEUS - Gerard abaixou a cabeça na mesa e começou a soluçar - E eu estou aqui reclamando, eu estou aqui na minha vidinha de eu mesmo enquanto essas pessoas estão morrendo.

Ray fez uma cara de confusão.

- Do que esta falando, Gerard?

- Ray eu preciso que você me deixe só - Disse se levantando, fazendo Ray levantar e o levando até a porta.

- Promete que não vai se matar?

- Prometo, Ray. Eu prometo.

Gerard esperou Ray sair para pular na sua cama e enfiar sua cabeça em baixo do travesseiro. Gerard estava inconformado com esse atentado, ele só queria saber o porquê. Coisas como politica faziam pessoas pagarem por o que não tinham nada a ver. Milhares de vidas roubadas, tiradas; pessoas que tinham sonhos foram todas sufocadas com aquele fogo ou mortas pela explosão do avião, as que estavam dentro dele. Ou até mesmo as pessoas que se jogaram, que foram muitas; isso o obrigou a elas que se jogassem, o desespero era tremendo, era a unica saída.
Gerard apostou que essas almas queriam mais uma chance. Ele teve certeza enquanto chorava que elas queriam a vida de volta.
Gerard se sentiu um inutil. Ele estava naquele quarto isolado do mundo por aeu ego, por causa dele, por sua depressão. Mas se sentiu pessimo por estar desejando a morte enquanto essas pessoas desejavam a vida. Uma vida.

- Eu não vou mais ficar aqui - Gerard se levantou se sentando na cadeira da escrivaninha

- Lamentando enquanto milhares de pessoas morrem. Eu quero ajudar todas elas - Disse aos prantos - Quero ajudar aquelas que sobreviveram. Oh céus eu não estou fazendo nada pra mudar enquanto choro aqui isolado. Eu não estou ajudando as pessoas... Isso faz de mim um tolo.
Realmente, ele era um tolo. Mas ele se tocou que era e queria mudança.

- Eu preciso fazer algo pra ajudar todas essas pessoas...

Gerard pegou um papel e uma caneta e começou escrever.

"This broken city sky like butane on my skin
And stolen from my eyes
Hello angel tell me where are you
Tell me where we go from here"

Sentiu um alivio imenso enquanto escrevia aquelas palavras, ele estava disposto a mudar tudo, ele queria começar uma banda com Ray como o amigo já havia comentado mas Gerard ignorara tanta besteira. Agora era a hora de montar uma banda e salvar a vida das pessoas.
- Eu estou pronto - Disse Gerard.

Vampires Will Never Hurt You (Frerard)Onde histórias criam vida. Descubra agora