Festival das flores mortas

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O clima na hora do lanche estava ótimo! Mentira. Estava péssimo!

Nathaniel estava calado por se sentir desconfortável, Marinette encarava Adrien de forma tímida, Alya e Nino estavam brigados e discutiam por qualquer coisa, e eu tentava sorrir mesmo sentido o olhar julgador de Adrien sobre mim.

Eu sabia que não podia continuar assim, caso contrário as pessoas envolvidas poderiam não querer sentar juntas novamente. Então, decidi arriscar a reputação de cara descolado, que eu não tinha.

- Então... – comecei e todos me encararam – Vocês sabem o que um prédio disse para o outro quando ele perguntou como era a sua vida?

- Prédios não falam. – Adrien disse e eu o encarei.

- Não sei, o que ele disse? – Marinette questionou e eu olhei para ela sorrindo.

- Que edifício. Entendeu? "Edifício", "É difícil"! – começamos a rir e logo Alya, Nino e Nathaniel se juntaram a nós.

- Foi engraçada de tão ridícula! – Nathaniel se pronunciou e continuamos rindo. Pelo menos eu tinha conseguido quebrar o clima estranho.

- Nossa Chat, você é demais! – Nino estendeu a mão e fizemos um toque.

Adrien ainda me encarava com aquele olhar mortal. Queria entender o porquê disso. Eu não fiz nada!

- O que acham de irmos juntos ao Festival das Flores que terá hoje no parque? Ouvi dizer que vai ter várias atrações legais. – Alya sugeriu.

- Por mim pode ser. – Adrien deu de ombros – Marinette, você vai? – a azulada arregalou os olhos surpresa por seu crush se preocupar se ela vai ou não.

- E-Eu... Na verdade, só se o Chat for também. – agora foi a minha vez de arregalar os olhos. Adrien me encarou confuso – Combinamos de tomar sorvete.

- Mas é claro que ele vai, não é Chat? – Nino questionou animado. – Vocês podem tomar sorvete outro dia.

- Vou sim. – respondi sem pensar – E você, Nathaniel?

- Ah, eu não sei...

- Por favor! – implorei com o olhar e ele acabou cedendo e murmurando um "tá bom".

- Tudo bem então, nos encontramos às 18h na frente do portão principal. Pode ser? – Alya perguntou e nós assentimos.

***

- É sério, ele me encarava como se soubesse de todos os meus pecados, ou algo do tipo.

- Ah para! Deve ser só paranoia sua. – Nathaniel revirou os olhos, enquanto eu contava sobre as encaradas de Adrien.

- Não é. Fica cuidado hoje, garanto que ele vai me olhar daquele jeito amedrontador.

- Porque ele faria isso?

- E eu vou saber?

- Não sei em quem devo acreditar. Você costuma ser muito dramático.

- Você desconfia do seu irmão semideus?

- Já disse que eu não sou filho de Atena. Nem você. Você é muito burro pra ser filho dela.

- Credo! Eu sou filho de quem então?

- Meu. – minha mãe entrou na sala – Porque pergunta isso? Félix colocou na sua cabeça que você é adotado de novo? – bati minha mão na testa.

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