Na hora do jantar, Marinette avisou que estava meio mal e subiu para o quarto. Espero que não seja por conta das minhas tentativas de cantada.
- Acho que vou lá ver se ela quer alguma coisa. – minha mãe fez menção de levantar da mesa, porém Félix a interrompeu.
- Não! O Chat pode ir. Ele é mais novo, tem que se exercitar.
- Mas eu... AI! – Félix chutou minha canela por baixo da mesa me fazendo gritar, logo meus pais me encararam.
- O que houve, Chat?
- Eu disse, oh Deus pai. Agradecendo pela refeição e tal. Já estou indo lá. – dei uma risada sem graça e saí da mesa que nem o Flash antes de levar outro chute.
Respirei fundo e bati na porta do quarto de Marinette, logo a mesma disse para entrar e eu lentamente abri a porta.
- Mari... Nette? – me corrigi. Não éramos tão íntimos na vida real como na minha mente – Está tudo bem?
- Está sim, só estou um pouco enjoada. – ela forçou um sorriso. Marinette estava sentada na cama, desenhando no seu caderno. Obviamente Marinette estava para baixo por causa do enjoo, porém parecia que tinha algo a mais a incomodando. Ela sempre desenhava quando estava estressada.
- Minha mãe perguntou se você quer alguma coisa?
- Não, obrigada.
- Tá bom. – eu ia sair, mas parei no meio do caminho. Fechei a porta e caminhei até a cama, sentando na ponta. Não sei de onde tinha tirado coragem para fazer isso, mas vamos lá. – Está tudo bem mesmo?
- Claro Chat, porque não estaria? – ela continuou desenhando e nem me encarou. Era óbvio que tinha algo errado.
- Tudo bem se não quiser falar, mas saiba que eu estou aqui se precisar. – engoli a vergonha e finalmente disse algo útil. Logo Marinette levantou a cabeça e olhou na minha direção, como se pensasse se deveria me contar.
- É só que eu... – ela suspirou e deixou o caderno de lado – Eu... – Marinette encarou vários pontos do quarto até seu olhar parar em mim. De repente ela salta na minha direção e me dá um abraço apertado – Eu sou tão patética! – fungou e eu pude sentir que ela estava chorando, já que minha camiseta nova do Capitão América estava ficando encharcada, mas na hora eu nem liguei.
- Você não é patética. – disse tentando ignorar o misto de sensações que percorriam o meu corpo no momento e coloquei os meus braços ao redor dela.
- É claro que eu sou. Minha avó está doente, meus pais estão na China cuidando dela e a única coisa com a qual eu me preocupo é se o Adrien vai me notar. – ela continuou agarrada em mim – Eu sou uma pessoa horrível!
- Você não é uma pessoa horrível. Tudo bem ser egoísta de vez em quando. – ok, isso definitivamente não foi bom – Quero dizer, às vezes é involuntário pensar coisas do tipo. – como eu agora, que estou aproveitando o abraço de Marinette, por mais que a situação não seja das melhores.
- Mas eu não quero ser egoísta com isso. O que as pessoas fazem para não esquecerem de que não devem ser egoístas?
- Bem, elas têm outras pessoas que as lembram disso. Amigos e família, por exemplo. – Marinette aparentemente tinha parado de chorar, porém continuava me abraçando.
- Você me acha horrível?
- O quê? Não! É claro que não. Você é a pessoa mais gentil e bondosa que eu conheço.
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Just Friends
Hayran KurguChat era apaixonado por Marinette, porém a garota só o via como amigo, pois gostava mesmo era de Adrien. O garoto sabia que não podia competir com o loiro modelo, desejado por todos, então tinha que se conformar que eram apenas amigos. Até que um ac...