O famigerado trabalho em grupo

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- Bom dia, Chat! – levantei com dificuldade e esfreguei os olhos, meio tonto com a claridade que vinha da minha janela.

- Marinette? – questionei meio confuso.

- Sim, quem mais seria? – ela deu um sorriso e sentou na minha cama ao meu lado.

- O que faz aqui?

- Vim te acordar, já que você não foi na aula.

- O quê? Eu não fui? Que horas são? – arregalei os olhos.

- São duas da tarde. Você ficou jogando até tarde ontem e acabou não indo na aula. Sua mãe queria te acordar, mas eu disse que não tinha nada importante e que você me ajudou com o dever de casa ontem até tarde.

- Muito obrigado, te devo uma. – sorri. Sabia que não deveria ter ficado até tarde jogando com Adrien, mas ele é aquele tipo de pessoa que pode dormir por apenas trinta minutos e vai acordar revigorado. Já eu...

- Tudo bem, não se preocupe.

- O que a professora deu na aula de hoje?

- Nada demais. Aula normal e no final um trabalho em grupo. – foi aí que eu senti um arrepio na espinha.

Trabalhos em grupo eram um pesadelo. A professora sempre fazia sorteio, porque segundo ela, isso promovia a interação entre a turma e fazia com que a gente se acostumasse a trabalhar em equipe com qualquer pessoa. Porém, eu e Nathaniel sempre caíamos em grupos diferentes e eu sempre caía com Chloé Bourgeois. Basicamente, era um caos.

- A professora já sorteou os grupos? – questionei com um certo receio.

- Sim. Eu, você – até agora tudo bem –, Adrien – boa –, e a Chloé. – nós dois suspiramos desanimados.

- Droga!

- Adrien chamou a gente pra ir na casa dele fazer o trabalho mais tarde.

- Hoje?

- Sim, porque sabe como ele tem horário por ser modelo e hoje é o único dia que ele pode.

- Como ele consegue fazer tanta coisa e nunca cansar? Eu vou para a escola andando e já morro. – Marinette riu, mas minha indignação era verdadeira.

- Somos dois. – disse ela ficando de pé – Agora vamos levantar, comer alguma coisa e ir fazer o trabalho.

- Tá bem.

***

Eu e Marinette estávamos parados na frente da casa do Adrien, e antes que tocássemos o interfone, um carro chique parou ali e dele saiu Chloé Bourgeois.

- Eu já disse que eu ligo quando eu terminar! – a loira gritou e bateu a porta. – E vocês, fracassados, o que estão olhando?

- N-Nada. – respondi no desespero. Não é que eu tivesse medo do Chloé, ou algo assim, mas hoje ela parecia especialmente brava.

Ela veio até nós com o nariz empinado e limpando a sujeira – não existente – nos ombros.

- Achei que a Sabrina ia vir com você. – Marinette comentou, já que a Sabrina era quase que uma empregada pra Chloé, e nunca saía do pé dela.

- Ela ia, mas aparentemente ela precisou resolver uns "problemas pessoais". – Chloé fez aspas com as mãos e revirou os olhos. – Já tocaram o interfone?

- Ainda não. – ela abriu espaço entre nós dois, quase que nos empurrando e bufou irritada.

- Residência do senhor Agreste, quem gostaria? – uma voz feminina disse após Chloé ter apertado o botão no interfone.

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