Quando a oportunidade bate à porta

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Finalmente era sábado, o dia que eu podia ficar o dia todo atirado na minha cama jogando video game ou assistindo séries.

A única coisa ruim do final de semana, era o fato de não poder ir à escola para admirar Marinette.

— Chat! – ouvi minha mãe me chamar do andar de baixo e bufei triste. Já tinha arrumado tudo para começar a assistir minha série.

— Já estou indo! – gritei de volta.

Eu estava só de cueca, e como não estava achando a bermuda, coloquei apenas uma blusa um pouco mais comprida por cima. Minha mãe é do tipo de pessoa que não gosta de esperar, então eu só iria ver o que ela quer e ia subir novamente. Fora o fato que ela não se importaria em me ver assim rapidamente, afinal, ela trocou as minhas fraldas e tal.

— Chat Noir! – ela chamou novamente.

— Já vai! Eu estav... – parei no meio da escada assim que vi uma figura estranha parada na porta.

— Ah filho porque a demo... – arregalei os olhos e olhei para a minha mãe, ela fez o mesmo e logo desviei o olhar para Marinette que estava ali parada me encarando porque provavelmente dava para ver a minha cueca.

Foram segundos tensos até que Marinette começou a falar:

— Mas o qu...

— VAI SE VESTIR MENINO! – minha mãe atirou o chinelo na minha direção e eu corri na velocidade da luz para o meu quarto e fechei a porta com força – QUE POUCA VERGONHA! – levei as minhas mãos até o rosto com vontade de sumir.

O que Marinette estava fazendo na minha casa? Provavelmente nunca descobrirei a resposta, pois acho que não vou sair desse quarto nunca mais.

***

Desci as escadas meio receoso e fui até a cozinha, onde minha mãe conversava animadamente com Marinette.

— Ah, finalmente! – as duas me olharam – Não tem nada a dizer para a Marinette? – minha mãe me encarava com um olhar mortal e eu levei a mão até a nuca envergonhado.

— Me desculpa por aquilo, eu não sabia que você estava aqui.

— Quer dizer que você costuma andar só de cueca em casa? – ela arqueou uma sobrancelha e eu soltei uma risada.

— De vez em quando.

— Mas não se preocupe, de agora em diante ele vai mudar alguns desses hábitos. – minha mãe sorriu para Marinette. – Filho, leve a mala dela para o quarto de hóspedes. – arregalei os olhos. Do que ela estava falando?

— Como assim, mãe?

— Os pais da Marinette foram para a China cuidar da avó dela que está muito doente, então ela vai ficar alguns dias com nós. – sorriu e eu engoli em seco.

Estava sem reação. Como assim a menina que eu tenho uma queda vai ficar uns dias na minha casa?

***

Eu sabia que os meus pais eram amigos dos pais de Marinette, mas não sabia que eram tanto ao ponto de Marinette vir passar alguns dias aqui.

Porque ela não ficou na casa da Alya, sua melhor amiga? Não que eu esteja reclamando! Ou será que estou? Mas... Eu realmente não sei o que pensar. Socorro!

— Obrigada por me deixarem ficar aqui. – ela sorriu e eu abri a porta do quarto de hóspedes e coloquei a mala dela no chão. – Teria ficado na casa da Alya, mas ela tem muitos irmãos pequenos e como sua mãe tinha oferecido, minha mãe achou uma boa ideia também. Espero que não se importe!

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