Capítulo 9.

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Eu estava nervosa, suava frio, eu não sei porque estou assim, estou com medo da reação de Téo, com medo dos meus tios, com medo do mundo.

Assim que Harry parou o carro em frente a minha antiga casa, meu coração acelerou, me senti como antes, a decoração da casa havia mudado um pouco, mas o jardim ele continuava quase igual, dei um sorriso de lado e sair do carro e Harry fez o mesmo, suspirei e andei até a porta de casa, meu doce e querido lar.

— Tem certeza do que está prestes a fazer? — Olhei pra ele e assinto. — Vou esperar dentro do carro.

Toquei a campanhia e respirei fundo, eu estava um pouco tonta e meu coração parecia que ia saltar pra fora, se passaram uns segundos e a porta foi finalmente aberta, e lá estava ela, a mulher que eu tanto odiava, ela estava surpresa por me ver, não estava acreditando que eu estava viva.

— Mia...

— Sou eu, Luísa, surpresa? — Perguntei cruzando os braços.

— O que você faz aqui? Como...

— Como eu tô viva? Não graças a você não é? Titia. —Falei com desprezo.

— Você deveria está morta menina, se você veio aqui com a intenção de pegar dinheiro ou... — A corto.

— Eu não quero dinheiro, eu quero meu irmão, cadê o Téo? Eu exijo ver ele.

—Quem é você pra exigir algo na minha casa? Eu que exijo que você saia daqui. — Fala na tentativa de fechar a porta mais consigo entrar dentro de casa.

— Téo? Meu amor, eu voltei. —Corro pra subir as escadas.

— Eu vou chamar a polícia...

— Chama, eu quero que você chame, Luísa, quero ver eles impedirem a filha dos Albuquerque, aquela que pra todos estava morta; quero ver eles me impedirem de levar meu irmão.

Falo encarando ela com ódio.

— Eu, minha querida sobrinha, tenho a guarda do Téo, tenho a empresa do seu pai, essa casa, e todos os outros bens, e você o que você tem? O Téo ODEIA você minha querida. — Ela coloca a mão no meu queixo e trato de empurrar a mesma.

— Não toca em mim! — Digo com nojo. — O Téo nunca teria ódio por mim, você é mentirosa, eu quero ver ele.

— Ele não está aqui e você não vai ver ele, ouviu? Nunca mais, saia da minha casa sua pirralha ridícula, pra essa família você está morta, principalmente para o Téo. — Ela diz me puxando pelo o braço até a porta de saída.

— Eu nunca vou deixar o Téo, você é cruel e não merece ter ele perto de você, você pode ter me tirado tudo, menos o Téo, ele, você não tira. — Limpo as lágrimas que caíam sobre meu rosto.

— Você não imagina o quanto Téo de odeia, ele não quer saber de você, esquece ele assim como ele esqueceu de você. — Fala fechando a porta na minha cara, as lágrimas começam a cair, não tenho mais controle sobre elas, e se o que ela falou foi a verdade? Se ele me odeia?

Começo a caminhar pela a rua e escuto alguém me gritar, eu apenas soluçava e tentava pensar o porque isso estava acontecendo, eu estava em um pesadelo terrível, me sentei em um banco e coloquei minhas mãos sobre meu rosto e chorei mais ainda, estava tão difícil de suportar, suportar tudo isso.

— Você está bem? — Harry se sentou ao meu lado, no banco.

— Eu pareço bem pra você? — Aumentei o tom de voz.

—Desculpa, eu...eu só perguntei...

— Não, Harry...me desculpe, eu fui muito grossa. — Falei encarando ele.

— Tudo bem, eu entendo, não deve tá sendo fácil pra você não é?  — Assinto. — Eu devo até imaginar o que aquela bruxa falou pra você!

— Ela não presta, Harry, eu só queria ver meu irmão, agora eu não posso, ele me odeia, ela me garantiu isso.

— E você acredita? Mia, eu vi aquele menino, falei com ele e posso te garantir, ele te ama, e muito. — Falou limpando uma lágrima do meu olho.

— E como eu vou fazer pra ver ele? —Pergunto inocentemente e ele me fita por uns instantes.

—Eu vou dar um jeito. — Se levanta e me estende a mão. — Confia em mim.

Seguro a mão dele e o mesmo me ajuda a levantar, confiar nele? Um pouco difícil, o que ele tá aprontando?

Admito que Harry Styles pode ser uma boa pessoa, quando acorda de bom humor, talvez eu julguei ele um pouco mal...ou não? Nem eu sei mais o que dizer, mas o que eu sei dele? Nada, só vi ele duas vezes e já pensei mal dele, hoje ele tá mostrando ser um ser humano melhor que no primeiro dia que vi ele.

Levo um susto assim que me levanto e ele continua segurando minha mão enquanto andávamos, me arrepiei por uns segundos, ele estava falando algo mais não importava pra mim, eu só conseguia observar ele, cada rastro do seu rosto, suas covinhas, seus olhos verdes, mas verdes que os meus, sua boca, oops, sua boca? Ahn? O que tô falando, é melhor eu tirar certos pensamentos da minha cabeça.

Para Sempre? HiatusOnde histórias criam vida. Descubra agora