28 - ALMOÇO NO BOB

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"They say you don't know what you got 'till it's too late, I'm already gone I don't care that you're not here... Won't wipe my eyes, cause there's no tears I'm not what you wanted, I'm not what you need, just not what you wanted and that's fine with me! I don't know why I cared so much, I'm doing fine without your love..."

"Eles dizem que você não sabe o que você tem até que seja tarde demais, eu já fui, eu não me importo que você não esteja aqui... Não vou limpar meus olhos porque não há lágrimas eu não sou o que você queria, eu não sou o que você precisa, simplesmente não sou o que você queria e está tudo bem! Eu não sei porque eu me importei tanto, eu estou indo bem sem o seu amor"


Minhas mãos permaneciam estáticas e coladas ao meu corpo. Um braço carregava a pasta com os documentos que imediatamente caiu no chão. Aquela cena estava tão surreal, a ponto de eu achar que estava imaginando coisas. Fiquei com os olhos abertos enquanto Ryan depositava seus lábios sobre os meus.e um de seus braços envolveu minha cintura, puxando meu corpo para ainda mais perto dele, fazendo com que não restasse espaço entre nós.

Meu coração acelerou e achei que ia parar de respirar. Eu estava nervosa, com as pernas bambas. Sentia que estava traindo Matt, mas um lado meu, lá no fundo, estava querendo que aquilo acontecesse desde que iniciamos nosso almoço.

Senti meu celular vibrar mas não consegui alcançá-lo.

Por mais que eu goste de Matt, essa situação toda com essa tal de Lana tem me deixado louca e meu cérebro não para de trazer lembranças do passado para o presente. Eu jurei para mim mesma nunca mais deixar tudo que Théo fez comigo atrapalhasse algum relacionamento futuro meu. Quando saí de Craig, no Colorado, foi para reconstruir minha vida depois da morte da minha mãe e para deixar para trás tudo que passei ao lado dele.

Craig é uma cidade do interior, com uma população aproximada de 8.900 pessoas, sendo que a sensação que se tem, é que todos se conhecem, sabem da vida uns dos outros e fazem questão de falar sobre a vida de todos.

Senti minha língua enroscar na de Ryan e foi como se um raio percorresse meu corpo todo. Eu permanecia imóvel, mas meus olhos se fecharam inconscientemente, talvez para aproveitar o momento que estava sendo inusitado e bom... Tirando a parte que não era a boca de Ryan que eu gostaria de estar beijando no momento.

Dois anos antes de minha mãe morrer, comecei a namorar com um ex-colega da escola, Théo James. Ele era um garoto lindo, simpático, contagiava a todos com seu charme. Infelizmente, logo depois da morte da minha mãe, Théo começou a mostrar quem ele realmente era. Quando tínhamos discussões mais acaloradas, ele sempre tinha a razão e quando sentia que perderia uma delas, partia pra agressão. Sim, eu Ellie Thompson fui muito magoada emocionalmente, mas o pior de tudo, foi ser machucada fisicamente. Quando pensava nisso, antes de ser agredida, achava que no primeiro tapa sairia correndo e nunca mais olharia para trás, porém, quando Théo me bateu pela primeira vez eu sentia que merecia e era uma punição necessária. Me mantive quieta por meses, até que ele quebrou meu indicador em uma briga e eu ví que a agressão ficaria cada vez pior. Envolvi polícia e em menos de três dias, tinha saído de Craig trazendo no carro da minha mãe apenas Lilly e as roupas que couberam no porta-malas. Estava a mais de semanas enrolando Gabriel para aceitar a proposta de emprego feita pela Carter por não querer deixar Théo para trás, mas quando tudo aconteceu, prometi que deixaria tudo para trás e recomeçaria na melhor e mais promissora cidade do país e que nunca mais deixaria nenhum homem me manipular e me fazer sentir mal por algo que eu faça ou diga. Sendo assim, não iria mais me envolver com ninguém, até que meu coração foi fisgado por Matt e eu fui arrastada juntamente com minha emoção.

OLHAR ELETRIZANTE - Is it Love? MattOnde histórias criam vida. Descubra agora