Tudo em excesso mata

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Traições que alimentam meu prazer ao dia

Quando cai a noite a lua grita minha culpa

No canto minha mente me insulta

E ressalta o tamanho hediondo de minha covardia


E o ar na minha garganta sufoca

E a água me mata mais que a sede

Meu corpo e mente a ti implora

E seu corpo eu peço aos céus que seja minha sede


O beijo doce de outra boca acalma

Mas o gosto doce logo apodrece

Refletindo assim o estado da minha alma

Que de sentimentos puros ela carece


E a neve negra em meu coração cai

Congela meus vasos

Dificulta meus passos

E o frio da minha consciência sobressai


Minha visão fica turva

A clareza bate no solo negro sem curvas

E cega minha vista de uma forma indefinida

E o destino me trata de forma ríspida


Ás vezes eu acordo para morrer

Outros dias eu acordo para viver

E outros dias eu nem mesmo quero acordar

Da partida do meu sangue quero olvidar

As sujas notas da vida não quero herdar

E as imagens de você nua, da minha mente quero trucidar


Toque meu rosto

Olhe o caos

Crie em minhas costas seu esboço

Aperte, não solte, me faça sentir suas mãos

LaurusWhere stories live. Discover now