Laurus

O amor de um demônio

O tempo passa

Mas você não passa

Não some

Não sai

O amor não passa

Mas a felicidade passa

Sempre some

Sempre sai

A dor está aqui

Beijando meus lábios

Pois os seus encontraram algo melhor

Danço com a noite

O criador nos tirou do céu

Enquanto eu caia me apaixonei

Encontrei o inferno antes

O seu maldito sorriso

Eu peco

Eu erro

Me beije

Ou me mate

O pai do salvador

O demônio mestiço

Minhas lágrimas queimam

Mais que a lava do meu berço

Mas se sair por aquela porta

Me mate antes

Você não me matou

Você está me matando

Devagar

A lua grita minha culpa

Todos gritam minha culpa

Meu amor por você grita

Minha culpa!

Como acordar e te ver longe

Como apenas sonhar com você perto

Todas realidades eu estou morto

Mas você ainda não me matou

Cortar minhas asas não me matam

O murro divinal do karma não me mata

Há tranquilidade no inferno?

Me leve, no inferno ela não habita

Seu sorriso, sua voz

Me matam

Suas mechas, seus olhos

Me matam

Mas nunca por completo

Vazio, sempre vazio

Como o copo do velho no bar

Mesmo que encha faz mal

Eu encho meu copo e choro

Choro

A quanto tempo isso

Agora choro

Toda manhã, toda tarde e toda noite

Eu choro só e acompanhado

Não importa o que aconteça

O vazio volta

Mas você não volta