XIII. O SOCORRO

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Os dias que se seguiram foram os mais "normais" para Simon. Sua rotina, era flexível e nunca enjoativa.

Durante as manhãs, ele e Isabelle acordavam cedo, faziam o café juntos e o comiam juntos. E assim iam para o Instituto Shadowhunter de Long Island caminhando quatro quadrasdo apartamento deles, aproveitando para fazer o exercício matinal.

O Instituto de Long Island era até um pouco cheio, pela manhã Simon dava aulas de arco e flecha para uma turma de 9 caçadores entre 10 e 8 anos. E os alunos até gostavam dele, o chamavam de Professor Lewis. Já Izzy trabalhava com a Conclave, resolvendo casos e patrulhando as ruas da cidade e das cidades vizinhas.

À tarde ele dava aula prática ao ar livre de uso de runas à mesma turminha da manhã. Também ajudava na coordenação do Instituto e auxiliava a conclave de maneira externa.

E então à noite ia para casa, às vezes saia com Izzy, ou ficavam em casa vendo um filme ou jogando algum jogo. Faziam sexo e iam dormir. Para no dia seguinte começar a mesma rotina.

Só que não era uma rotina chata, era sempre cheia de descobertas , acontecimentos novos e socialização que Simon não via a hora passar. Quando via já era noite. E além disso, ainda era pago. Era uma vida muito que satisfatória, porém ele sempre sentia que estava faltando algo. As vezes, subitamente batia-lhe uma sensação de que estava se esquecendo de algo, mas não conseguia lembrar o que, e então acabava deixando a sensação para lá. O importante é que estava feliz agora, mas porque "agora"? porque essa ideia de um antes daquilo tudo!.

Ficara horas acordado sozinho tentando lembrar qual era o problema, estava numa vida tão perfeita e mesmo assim queria mais ?.

Porém, toda a angústia que estava passando por causa de tantas questões acabou quando elas foram respondidas duas semanas depois numa manhã no instituto.

Acabará sua aula de arco e flecha com a turma de caçadores mirins, e enquanto as crianças entraram ele ficou juntando as flechas pelo jardim do instituto. E por acaso encontrou o seguinte bilhete entre as flechas:

Saulo

Me encontre nesse endereço hoje ás 13h00, se quiser as respostas. Não posso dizer mais nada por esse bilhete, é perigoso demais.

O socorro.

Simon virou o bilhete na mão e no verso havia um endereço não muito longe dali rabiscado numa caligrafia quase perfeita. Ele olhou de um lado para o outro, como se verificasse se estava sendo observado , se era perigoso que o locutor do bilhete enviasse aquela mensagem, então era porque ele estava sendo vigiado por alguém. Então disfarçadamente ele guardou o bilhete dentro da cueca, era o único lugar que não corria risco de perder ou alguém pegar, pelo menos o único lugar que ele pensou naquele momento.

Simon terminou de apanhar as flechas todo desconfiado e caminhou para dentro do instituto.

Durante o almoço não parou de pensar em quem teria enviado aquele bilhete, será que seria alguma pegadinha? como que quem escreveu sabia que ele tinha perguntas ? e como conseguiu colocar uma mensagem bem embaixo do seu nariz sem que ele percebesse ?.

Da forma mais discreta que conseguiu, em meio ao refeitório cheio do instituto, ele enfiou a mão dentro da cueca e puxou o bilhete, e leu pela terceira vez.

E subitamente algo destrancou na sua mente...apenas uma pessoa o chamava de Saulo, mas quem ?. Ele olhou para o rélogio, eram 12h40, já estava na hora de ir, mas séra que deveria ir mesmo ?. Sim! ele iria sim, não passar o resto dos dias se torturando ao se perguntar quem teria escrito o bilhete.

Desventuras Shadowhunters: O Veneno do VampiroOnde histórias criam vida. Descubra agora